Nós, esses atrapalhados II - FUNCIONAMENTO SOCIAL.
A função do
conhecimento é a adaptação, isto é, sobrevivência.
Darwin nos ensinou
que sobrevivem aqueles indivíduos, animais ou plantas, que melhor se adaptam às
condições do ambiente onde vivem.
É exatamente por esse
motivo que vou falar hoje sobre o lado escuro da TDAH, como meta de prevenção.
Sabendo o que pode vir a acontecer, podemos aprender como evitar.
Um dos sintomas mais
complicados do TDAH diz respeito ao FUNCIONAMENTO SOCIAL de seus portadores.
Pessoas com TDAH
simplesmente não sacam os sinais sociais, não percebem a linguagem corporal e
muitas vezes “invadem” espaços dos outros.
Costumam falar muito
alto, interrompem a fala dos outros, agem de forma grosseira e vivem deixando escapar
coisas sem pensar sobre elas.
Divagam todo o tempo
e raramente conseguem completar um pensamento sem pular logo para o seguinte.
Não escutam e costumam ser considerados “insensíveis”.
Sintomas de TDAH, que
se iniciam na infância, costumam piorar bastante na adolescência, e isso é uma
complicação séria, pois o sentido
intuitivo de como “navegar” dentro
de uma cultura desenvolve-se entre os 12 e 17 anos de idade,
sendo uma das principais tarefas dessa
fase a ser apreendida.
Durante
esse período, tornamo-nos conscientes de que, por si só, as palavras já não
carregam todo o significado das interações.
O real
significado das palavras é frequentemente transmitido por sinais não verbais,
como tom de voz e o olhar, e assim, aqueles
que estão desatentos ou ocupados demais saltando de um estímulo a outro, acabam
por não perceber esses sinais.
E, se o
desenvolvimento dessa compreensão
intuitiva é perdido nessa fase, provávelmente estará perdido para sempre.
Vai daí
a importância de uma família atenta.
Atenta às necessidades e ao
desenvolvimento de suas crianças para poder buscar ajuda, se e quando
necessário.
A TDAH
tem graus, como qualquer outra condição, e, para efeitos descritivos, usamos
sempre o grau máximo do disturbio, que neste caso provávelmente necessitaria
não só de terapia cognitiva para aprendizado de foco, como medicação.
Em
casos mais leves, a familia pode ajudar a criança e o adolescente simplesmente mostrando,
de forma não acusatória, as consequências da falta de foco e observação.
No
próximo post, veremos a tendência a uso de drogas e acidentes, problemas sérios
ligados à essa síndrome.
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