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Mostrando postagens de julho, 2012

MITOS E TRAGÉDIAS NA ÁREA PSI

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Sei que anunciei que esta semana falaria de mais mitos, incluindo: Dependência a drogas é falta de força de vontade; e as pessoas se tornam psicóticas assim, de repente, sem aviso prévio. Mas, em vista de acontecimentos tão trágicos como o da semana passada no Colorado, vou tentar juntar o mito, a mídia e nossos sintomas sociais, tentando matar um bando de coelhos com uma cacetada só. Culpa disso foi assistir o Today Show, de manhã cedinho, porque eles estão fazendo uma cobertura fantástica das Olimpíadas, e, como boa não atleta, sou fascinada por elas. Assim, estava eu a postos para me deliciar com o visual da coisa toda, quando, naturalmente, lá vem a entrevista com uma advogada e uma psiquiatra a respeito do caso em Colorado. Prestei atenção. Prestei muita atenção, e o que entendi foi: a) a advogada não faz ideia do que seja um distúrbio psiquiátrico, confundindo psicopatia com esquizofrenia, distúrbio de personalidade com crenças religiosas, e, no todo, fazendo uma salada de

A tragédia do sintoma social

Em choque, como todo o resto do mundo, assistindo a matança em Aurora, no Colorado. O assassino, um jovem brilhante, cursando seu PhD em ciências neurológicas, ironicamente focalizado em marcadores biológicos do comportamento humano. Pintou cabelo de vermelho e achou de ser o Jocker,o arqui inimigo de Batman. Não se sabe se há drogas envolvidas no processo, pois ainda não conseguiram entrar em seu apartamento, que parece ser um campo minado, com a quantidade de explosivos lá dentro. Isso me lembrou 1999, São Paulo, Brasil, sala 9 do cinema do Morumbi Shopping, onde o estudante do 6 ano de Medicina da Santa Casa, Mateus da Costa Meira, matou 3, disparando uma sub metralhadora que, por graça divina, ou porque Deus é brasileiro, encrencou. Rápida pesquisa em Santo Google, me informa que o supra citado está cumprindo pena na penitenciária Lemos Brito,em Salvador,onde,em 2009 tentou matar o colega de cela. No caso de Mateus, muitas drogas envolvidas, e historico rico em sintomas, que to

MITOS E BALELAS NA ÁREA PSI

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Há alguns anos, li um artigo da Dra. Nada Loda Stotland , a respeito de concepções errôneas em psiquiatria ( Am J Psychiatry 2009: 166:1101-1104 ), no qual ela expos conceitos muito interessantes, como por exemplo,o mito de que os distúrbios psiquiátricos não são condições tão bem definidas quanto outras doenças médicas,não são baseados em evidências,e os tratamentos não funcionam tão bem quanto em outras áreas da medicina. Perguntava ela se as doenças psiquiátricas não eram reais porque não havia testes diagnósticos em psiquiatria. O substrato, a localização física dos pensamentos,humor e comportamento é o cérebro, órgão do nosso corpo, o qual não deve ser cutucado à toa,sob pena de sérias consequências. Essa maquininha maravilha tem a consistência de gelatina dura, portanto Raios X não funcionam para saber se há algo quebrado por lá. Porém, com o advento das tomografias, cada vez mais sofisticadas, principalmente a de emissão de prótons, já podemos ver a diferença entre um céreb

MITOS E LENDAS URBANAS E SUAS CONSEQUÊNCIAS NA SAÚDE

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Neste resto de mês de Julho, vou falar sobre mitos na medicina. Na realidade, não são mitos, pois, por definição,mito é uma história tradicional, antiga,que lida com seres sobrenaturais ou heróis,servindo como fundamento da cosmovisão de um povo,por explicar aspectos do mundo natural ou por delinear a psicologia, costumes ou ideais de uma sociedade. (MW thesaurus).Um exemplo de mito é o de Eros e Psiquê. Então, vou falar mesmo é de lendas urbanas, que por definição, são histórias apócrifas, contadas em segunda mão, plausíveis o suficiente para serem críveis, e versam sobre alguma coisa horrível, embaraçosa, irônica ou exasperante que aconteceu a alguma pessoa. (MW thesaurus). As minhas preferidas,até o advento da internet,eram,e não necessariamente nessa ordem: a)qualquer variação sobre o tema da desgraça que algum médico famoso teria provocado em algum membro da família do contante; b)a famosíssima: “é natural, então não faz mal”,logo seguida de “é química, péssimo”, ao que,

TDA/TDAH – TRATAMENTO

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O objetivo do tratamento é controlar os sintomas,incluindo desatenção, hiperatividade/irritabilidade e impulsividade,e,se seguido consistentemente,costuma melhorar o funcionamento do indivíduo nas mais diversas situações(escola,trabalho, casa, situações sociais). O tratamento é multifacetado,usualmente consistindo de medicações e terapias de modificação de comportamento(terapias comportamentais/cognitivas),mas deve ser adaptado para atender as necessidades únicas de cada indivíduo,assim como as de sua família. A abordagem mais eficaz para o tratamento de crianças e adolescentes com TDAH inclui: Educação a respeito do diagnóstico e tratamento do TDAH para pais e filhos Medicação para TDAH Terapias cognitivo/comportamentais Envolvimento da escola (professores, conselheiros, psicólogos) MEDICAMENTOS A linha de frente para tratamento do TDAH inclui: medicamentos estimulantes, não estimulantes e antidepressivos, sendo os estimulantes mais comumente prescritos. Seja l

TDAH – DIAGNÓSTICO - ATRAPALHADOS IV

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Nenhum dos sintomas de TDAH é, de per si, um problema, pois a maioria das pessoas perde o foco, se distrai ou fica irritadiça de vez em quando.  Além disso, os sintomas de TDAH podem ser facilmente confundidos com outros problemas, incluindo dificuldades de aprendizado e problemas emocionais, que requerem tratamento totalmente diferente.  Por isso é extremamente importante procurar profissional da área, altamente capacitado, e com longa experiência no assunto. Para complicar as coisas, não existe um único teste que determine com toda a certeza o diagnostico, pois a tomografia por emissão de pósitrons (PET SCAN), além de ser extremamente cara, por enquanto tem sido usada quase que só em pesquisas. O medico em questão, vai ter que usar uma série de ferramentais, tais como: lista de sintomas, perguntas e respostas sobre problemas presentes e passados, e uma série de exames para descartar outras possibilidades. O danado do TDA/TDAH pode se apresentar de formas dif