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Mostrando postagens de agosto, 2012

DEPENDÊNCIAS: A TERRA DE NINGUÉM I

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A relação entre drogas e nós, humanos, é longa e interessante. Quem não se lembra de Noé, que, após 40 dias socado num barquinho com tudo que era tipo de bichos, a primeira coisa que fez ao pisar em terra firme foi tomar um sonoro e merecido porre? Os gregos tinham seus bacanais, os índios das Américas suas festas, e qualquer grupo humano sempre usou, de alguma maneira, alguma coisa para alterar a percepção da realidade ou para recriá-la. Até a invasão da América do Sul pelos espanhóis, o uso de drogas costumava ser parte de rituais festivos e/ou religiosos, sem qualquer efeito colateral na vida do dia a dia de seus usuários. No início, os invasores não deram muita bola para essa mania dos índios de mascarem as folhas da coca, mas, tão logo perceberam os efeitos, a primeira coisa que fizeram foi taxar fortemente o produto. Foi somente em 1855, que o alemão Friedrich Gaedcke isolou o alcaloide das folhas, e a partir daí, todo mundo começou a usar nas mais variadas formas, co

A FUTILIDADE DO MAL

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Semana passada prometi que nessa falaria de alguns psicopatas de filme, e outros tantos reais.Fiel à promessa, artigo estava prontinho. Mas, como a vida têm essa mania de acontecer enquanto a gente faz planos, eis que domingo, Wade Michael Page,supremacista branco, tocador de rock nazi, expulso do exército, sem emprêgo, família ou interesses a não ser seu própio ódio, entra num templo Sikh com seu revolver e um monte de munição e sai matando, até ser morto pela polícia. Óbviamente que, no minuto que isso aconteceu, a mídia toda caiu matando, chamando a criatura de “insano”, como o outro atirador, de duas semanas atrás, James Holmes, em Aurora, Colorado. Concordo que, quem comete um ato desses, óbviamente “são” não pode ser, mas existe um mundo de diferenças entre a insanidade de James Holmes e a de Wade Michael Page, as mesmas diferenças que existem entre Hamlet e Iago, e agradeço a Shakespeare por ter tão bem descrito ambas, facilitando tudo. Hamlet, melancólico, retraido, es

O PSICOPATA MORA AO LADO

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Continuando com os mitos na area psi, vamos ao mito do psicopata como sinônimo de psicótico. Psicopatia é um distúrbio da personalidade caracterizado por : Fanfarronice e charme superficial; Falta de empatia; Decisões tomadas sempre em interesse próprio, mesmo quando isso é eticamente questionável; Mentiras crônicas; Falta de remorso; Falta de responsabilidade pelas próprias ações, sempre culpando outrem; Emoções de pouca profundidade; Foco na auto gratificação às expensas dos outros; Comportamento do tipo levar vantagem em tudo; Manipulação. Usualmente o psicopata tem QI mais alto que a média da população,e é o“ponto cego” da psiquiatria e psicoterapias em geral, pelo simples fato de que, nas raras ocasiões em que procura qualquer tratamento psi, é por estar “deprimido” por algum choque em seu narcisismo, abandonando o tratamento tão logo o terapeuta o ajude a inflar novamente seu ego. O termo “psicopata” não é usado em psiquiatria ou psicologia (que utiliza a termino