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Mostrando postagens de maio, 2013

A CIÊNCIA DA FELICIDADE

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O título, que muito gostei, vem de uma série da BBC, cujos links para os vídeos estão no final. O restante do artigo vem de extensa bibliografia no assunto, e também esta estará embaixo. Usualmente, quando pensamos em felicidade, nos vem à mente cenas de balõezinhos multicoloridos subindo aos céus, jovens mancebos se ajoelhando e oferecendo à mocinha linda e espantadíssima, um diamante do tamanho de um ovo de codorna, o casal correndo na praia para aquele abraço malabarístico, enfim, coisas do gênero. Ou seja, o conceito de felicidade sempre foi algo bem vago, dependendo das preferências de cada um. Atualmente, a coisa está mudando, como bem explica Lord Richard Layard, Professor de Economia na London School of Economics e autor de "Happiness - lessons from a new science" (Felicidade - lições de uma nova ciência), pois neurocientistas estão medindo felicidade e prazer e dando a isso uma dimensão muito mais ampla do que a dos conceitos subjetivos. O Professor Ed Diener, ps

O QUE ACONTECE NO CÉREBRO DURANTE O ORGASMO? OU FAÇA AMOR E LARGUE AS DROGAS

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Isto é a tradução, absolutamente não ao pé da letra, de alguns artigos que li ultimamente. Não traduzi ao pé da letra porque, até para mim que amo o assunto, tem tanta estatística e rigor científico, que, confesso, dá um certo soninho. Então, é a tradução do que entendi, mais uma porção de ideias que os artigos me produziram. Senhoras e senhores, convido-vos a uma fascinante viagem ao cerne de nosso ser. Mergulhemos, pois. Já vimos em blogs anteriores que o cérebro tem um CENTRO DE PRAZER que nos informa quando estamos tendo uma experiência agradável, e assim reforça nosso desejo de repetir a coisa. É o CIRCUITO DE RECOMPENSA, que inclui qualquer tipo de prazer, de sexo a drogas, de uma gargalhada ao ouvir a música preferida. Só relembrando, algumas das áreas cerebrais relacionadas a prazer são: AMIGDALA: regula as emoções NÚCLEO ACCUMBENS: regula a liberação de DOPAMINA ÁREA TEGMANTAL VENTRAL (VTA): libera DOPAMINA CEREBELO: controla função muscular GLANDULA PITUITÁRIA: libera

MOTIVAÇÃO OU AQUELA COISA QUE SEMPRE SOME QUANDO MAIS NECESSÁRIA

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Por definição, é o processo que inicia, dirige e mantém comportamentos voltados a metas. É o que nos faz agir, desde tirando o posterior do sofá para ir buscar um copo de água no intervalo da novela, até estudar por anos a fio para se formar em medicina. E, só no exemplo acima, já aparecem problemas, como, o que é que nos faz valorizar uma coisa ao invés da outra? De onde vem essa valorização? Na primeira parte, isto é, ir buscar um copo de água para matar a sede, é simples, relacionado diretamente com sobrevivência do indivíduo. Já 3 anos de colégio, mais 6 de faculdade, mais uns 4 de residência, absolutamente não está diretamente relacionado à sobrevivência primária, e, mesmo assim, todo o tempo, em todo o mundo, tem alguns que escolhem esse caminho, ou sei lá eu quantos anos para um PhD em física experimental, ou seja lá qual for a meta a longo prazo. A neurociência da motivação humana tem sérias implicações em quase todas as áreas, de filosofia a autoajuda, de ética a economi

NÓS E NOSSAS EMOÇÕES: NEUROCIÊNCIA AFETIVA

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"Cometemos erros não porque é tão difícil ver a verdade... nós os cometemos porque a via mais fácil e confortável de procurar esclarecimento é quando este concorda com nossas emoções, principalmente as egoísticas" Aleksandr Solzhenitsyn. Aqui vai a terceira e última parte da promessa baiana. Óbvio está que não será a última vez que escreverei sobre esses assuntos, pelas razões que se seguem, não necessariamente nesta ordem: a) Adoro isso; b) Tem tanta pesquisa acontecendo que, de repente o que escrevo hoje, pode ser besteira amanhã; c) O assunto é tão vasto, que qualquer resumo acaba sendo muito pobre e, portanto, necessita ser enriquecido. Por centenas de anos o estudo das emoções não foi considerado "ciência". Era a área dos poetas, escritores, pintores, enfim "artistas" em geral. Umberto Eco, no fantástico livro "O Nome da Rosa", desenvolve um drama épico sobre a discussão se Jesus teria rido. Apesar de todo o descaso, as emoções humanas