A CIÊNCIA DA FELICIDADE
O título, que muito gostei, vem de uma série da BBC, cujos links para os vídeos estão no final. O restante do artigo vem de extensa bibliografia no assunto, e também esta estará embaixo.
Usualmente, quando pensamos em felicidade, nos vem à mente cenas de balõezinhos multicoloridos subindo aos céus, jovens mancebos se ajoelhando e oferecendo à mocinha linda e espantadíssima, um diamante do tamanho de um ovo de codorna, o casal correndo na praia para aquele abraço malabarístico, enfim, coisas do gênero. Ou seja, o conceito de felicidade sempre foi algo bem vago, dependendo das preferências de cada um. Atualmente, a coisa está mudando, como bem explica Lord Richard Layard, Professor de Economia na London School of Economics e autor de "Happiness - lessons from a new science" (Felicidade - lições de uma nova ciência), pois neurocientistas estão medindo felicidade e prazer e dando a isso uma dimensão muito mais ampla do que a dos conceitos subjetivos.
O Professor Ed Diener, psicólogo da Universidade de Illinois, fez testes básicos, simplesmente perguntando a pessoas de todas as raças, credos, religiões, sexos, orientação sexual e status socioeconômico, numa escala de 1 a 10, o quão felizes se sentiam, e a coisa interessante é que o teste produziu respostas reais e válidas, além da possibilidade de predição das mais variadas coisas em suas vidas.Como ele mesmo diz, as medidas não são perfeitas, mas são tão boas quanto as usadas por economistas para predizer índices de crescimento ou de pobreza, e é tão sério que David Halpern (conselheiro do Primeiro Ministro na Inglaterra), disse à BBC que, nos próximos 10 anos, a eficácia de um governo será medida pelo quão felizes faz seus governados.
Não bastasse, os pesquisadores estão comparando os índices de felicidade, relatados pelas pessoas, com vários outros fatores, tipo estado civil, sexo, religião ou falta de, status econômico, status social, emprego e desemprego e até mesmo saúde no geral, e no quesito saúde, voltamos à antiquíssima pergunta do que veio primeiro, se o ovo ou a galinha, pois as pesquisas têm demonstrado que pessoas mais felizes também são mais saudáveis. E aí? São mais felizes porque são mais saudáveis ou são mais saudáveis porque são mais felizes?
Vou reproduzir ao pé da letra o que disse o Prof. Diener:
"Num dos estudos, a diferença de sobrevida entre o grupo mais feliz e o mais infeliz, foi de 9 anos. Ora vejam, se alguém fumar, vai cortar uns 3 anos de sua vida. Se alguém fumar ensandecidamente, um máximo de 6 anos. Então 9 anos é uma enorme diferença."
E agora o contraponto e o choque da descoberta: apesar do incrível aumento na riqueza e prosperidade após término da segunda guerra mundial, isto não nos tornou mais felizes, ou como diz o Professor Daniel Kahneman da Universidade de Princeton:
"Há montanhas de evidência demonstrando que maior riqueza não traz consigo maior felicidade e, aliás, em alguns casos, até diminui."
Está claro, a pesquisa sugere que países ricos tendem a ser mais felizes que os pobres, mas uma vez que se tem casa, comida e roupas, o dinheiro extra não traz extra felicidade. Chegaram à conclusão que, o ganho médio para ser feliz é de R$ 30.000 por ano (na conversão de hoje). Depois disto, os curiosos pesquisadores foram em busca de respostas para tão intrigante questão, e as respostas foram mais interessantes ainda.
Primeiro, foi a máxima biológica de que nós humanos nos adaptamos a tudo, incluindo prazer, e isto vai desde comer chocolate até comprar um carro novo ou joias ou roupas de grife. Problema está que, ao fazer essas coisas, temos um "surto" de felicidade que acaba rapidinho, enquanto levamos mais tempo para nos adaptarmos a coisas de maior significado, como amizades e relacionamentos.
A segunda coisa é que temos a mania de comparar nossa vida com como vemos a vida de outrem. Assim, pessoas ricas se sentem mais felizes quando se comparam a pessoas mais pobres. Enquanto a recíproca não é absolutamente verdadeira, pois os mais pobres se sentem absolutamente infelizes quando se comparam com os mais ricos.
A boa notícia é que podemos escolher com quem e o que nos comparamos, e aprender a nos adaptarmos mais rapidamente ao que dá significado à vida, tal como relacionamentos e metas.
Como todos concordam, não há nenhuma chave dourada ou segredo a ser revelado para encontrar a felicidade, mas há sim ingredientes “sine qua non” para desenvolvê-la, a saber: família e amigos, e quanto mais profundas forem estas relações, mais felizes seremos. O prof. Diener até sugere que amigos matam germes, pois, em sendo nosso cérebro a coisa que controla todas nossas reações orgânicas, um cérebro feliz e amigável torna o sistema imunitário mais forte. Da mesma maneira que stress provoca doenças, amigos nos protegem delas. Mas ainda, um economista, o prof. Oswald da Universidade de Warwick, desenvolveu uma fórmula segundo a qual, para compensar a falta de amigos, deveríamos ganhar um extra de R$ 200.000 por ano.
Devo ser honesta e informar que não entendi coisa nenhuma da fórmula da criatura, só estou repassando a conclusão, o que nem chega a ser novidade, pois para mim economistas são uma espécie absolutamente desconhecida, com um linguajar e ideação únicas e incompreensíveis para esta que escreve. Outro item importantíssimo é ter sentido na vida, isto é acreditar em algo maior do que nós mesmos, seja isso religião, espiritualidade, ciência, filosofia de vida. Aliás, velho Freud já dizia que os três únicos mecanismos de defesa que nos fazem bem na vida são o humor, sublimação e altruísmo (o altruísmo não é do Freud pai, mas da Freud filha, a Anna, que, em minha opinião, na área dos mecanismos de defesa, superou e muito o pai, função, aliás, de qualquer filho que se preze - adendo meu).
E a terceira coisa é ter embutido nos próprios valores algo pelo qual se trabalhe, e que se trabalhe com algo que nos dê prazer.
Para compensar meu profundo desentendimento de economês, trago uma pesquisa que entendi perfeitamente. É a respeito de amizade entre mulheres, liderada pela Dra. Laura Cousino Klein, atualmente Professora de Saúde Biocomportamental na Universidade da Pennsilvania, na época do estudo, na UCLA. E a citada senhora, virou de ponta cabeça tudo que se pensava que se sabia sobre Stress. A descoberta se deu num daqueles fantásticos momentos de "Ai Jesus, vai que é isso mesmo!", quando duas mulheres cientistas, a Dra. Klein e a Dra. Taylor, estavam lá na UCLA tomando seu café e papeando (isso é real, e não minha costumeira apologia ao café e papo com amigos). Pois estavam brincando sobre quando mulheres ficavam estressadas, elas iam ao laboratório, limpavam o local bem limpadinho e depois se juntavam para um café e um papo, enquanto os homens iam pra algum canto resmungar solitariamente. Vai daí que as duas se deram conta que 90% da pesquisa sobre stress eram com homens e que nada se sabia sobre a resposta hormonal do stress em mulheres. E a partir dessa constatação, foram à luta e descobriram quais eram as diferenças, e faço um resumo da fantástica pesquisa:
Mulheres reagem ao stress com uma cascata de hormônios, grande como Sete Quedas, isto é, primeiro, mulheres liberam Oxitocina, como resposta inicial ao stress, enquanto homens liberam Testosterona. A Oxitocina funciona como um "amortecedor" para a resposta de luta ou fuga, que é a base do stress, enquanto a Testosterona diminui a ação da Oxitoxina. Esse "amortecimento" da resposta de luta ou fuga, faz com que, em momentos de stress, as mulheres tendam a cuidar das crianças e a se juntarem em grupos, e quando as mulheres se engajam neste comportamento de cuidar e se juntar, mais Oxitoxina é liberada, o que diminui mais ainda o stress e produz um efeito calmante.
Esse estudo tem enormes correlações, principalmente a respeito de saúde como um todo, além de explicar objetivamente o porquê mulheres costumam viver mais do que homens em todas as culturas conhecidas, além do que, seguindo o novo paradigma divisado pelas doutoras, estudos e mais estudos vêm mostrando que os relacionamentos sociais diminuem colesterol e pressão alta, a frequência cardíaca e o risco para infecções no geral.
E se isso não bastasse, o famoso estudo das enfermeiras, realizado pela Escola de Medicina de Harvard, demonstrou que quanto mais amigos as mulheres têm, menos problemas terão com envelhecimento, e mais felizes e satisfeitas serão com suas vidas, sendo o oposto absolutamente verdadeiro.
Então, a pergunta que não quer calar, além de quem matou JFK, é a seguinte: por que será que, apesar disso tudo, temos cada vez menos tempo para nossos amigos? Essa pergunta também foi feita pela pesquisadora Ruthellen Josselson, Ph.D., coautora do livro "Best Friends: The Pleasures and Perils of Girls's and Women's Friendships" (Melhores amigas: os prazeres e perigos das amizades de garotas e mulheres, Three Rivers Press, 1998), e reproduzo um pedacinho extremamente importante do citado livro:
"Sempre que ficamos sobrecarregadas com trabalho e família, a primeira coisa que fazemos é botar nossas amizades em segundo plano, afastadas, e isso, além de ser um tremendo erro, é o que torna o problema ainda maior, pois nossas amigas são nossa fonte de força. Nós cuidamos umas das outras, e temos a maior necessidade de ter um espaço sem pressão onde podemos fazer aquelas coisas especiais que só fazemos quando estamos com nossas amigas. Na realidade, é uma experiência que cura nossos males."
E é tão simples, não é mesmo? Um café e um amigo.
E esta é minha homenagem a todas as amigas e amigos maravilhosos que tenho a sorte enorme de ter. Podem deixar que o café eu preparo.
Cousino Klein L, Corwin EJ. "Seeing the unexpected: how sex differences in stress responses may provide a new perspective on the manifestations of psychiatric disorders"; Curr Psychiatry Rep. 2002 Dec;4(6):441-8.
Geary DC, Flinn MV. "Sex differences in behavioral and hormonal response to social threat": Psychol Rev 2002 Oct;109(4):745-50; discussion 751-3
Taylor, S. E., Klein, L.C., Lewis, B. P., Gruenewald, T. L., Gurung, R. A. R., & Updegraff, J. A." Behavioral responses to Stress:Tend and Befriend, not Fight or Flight" :Psychol Rev, 107(3):41-429.
The Nurse's health Study
The Happiness Formula-BBC
Usualmente, quando pensamos em felicidade, nos vem à mente cenas de balõezinhos multicoloridos subindo aos céus, jovens mancebos se ajoelhando e oferecendo à mocinha linda e espantadíssima, um diamante do tamanho de um ovo de codorna, o casal correndo na praia para aquele abraço malabarístico, enfim, coisas do gênero. Ou seja, o conceito de felicidade sempre foi algo bem vago, dependendo das preferências de cada um. Atualmente, a coisa está mudando, como bem explica Lord Richard Layard, Professor de Economia na London School of Economics e autor de "Happiness - lessons from a new science" (Felicidade - lições de uma nova ciência), pois neurocientistas estão medindo felicidade e prazer e dando a isso uma dimensão muito mais ampla do que a dos conceitos subjetivos.
O Professor Ed Diener, psicólogo da Universidade de Illinois, fez testes básicos, simplesmente perguntando a pessoas de todas as raças, credos, religiões, sexos, orientação sexual e status socioeconômico, numa escala de 1 a 10, o quão felizes se sentiam, e a coisa interessante é que o teste produziu respostas reais e válidas, além da possibilidade de predição das mais variadas coisas em suas vidas.Como ele mesmo diz, as medidas não são perfeitas, mas são tão boas quanto as usadas por economistas para predizer índices de crescimento ou de pobreza, e é tão sério que David Halpern (conselheiro do Primeiro Ministro na Inglaterra), disse à BBC que, nos próximos 10 anos, a eficácia de um governo será medida pelo quão felizes faz seus governados.
Não bastasse, os pesquisadores estão comparando os índices de felicidade, relatados pelas pessoas, com vários outros fatores, tipo estado civil, sexo, religião ou falta de, status econômico, status social, emprego e desemprego e até mesmo saúde no geral, e no quesito saúde, voltamos à antiquíssima pergunta do que veio primeiro, se o ovo ou a galinha, pois as pesquisas têm demonstrado que pessoas mais felizes também são mais saudáveis. E aí? São mais felizes porque são mais saudáveis ou são mais saudáveis porque são mais felizes?
Vou reproduzir ao pé da letra o que disse o Prof. Diener:
"Num dos estudos, a diferença de sobrevida entre o grupo mais feliz e o mais infeliz, foi de 9 anos. Ora vejam, se alguém fumar, vai cortar uns 3 anos de sua vida. Se alguém fumar ensandecidamente, um máximo de 6 anos. Então 9 anos é uma enorme diferença."
E agora o contraponto e o choque da descoberta: apesar do incrível aumento na riqueza e prosperidade após término da segunda guerra mundial, isto não nos tornou mais felizes, ou como diz o Professor Daniel Kahneman da Universidade de Princeton:
"Há montanhas de evidência demonstrando que maior riqueza não traz consigo maior felicidade e, aliás, em alguns casos, até diminui."
Está claro, a pesquisa sugere que países ricos tendem a ser mais felizes que os pobres, mas uma vez que se tem casa, comida e roupas, o dinheiro extra não traz extra felicidade. Chegaram à conclusão que, o ganho médio para ser feliz é de R$ 30.000 por ano (na conversão de hoje). Depois disto, os curiosos pesquisadores foram em busca de respostas para tão intrigante questão, e as respostas foram mais interessantes ainda.
Primeiro, foi a máxima biológica de que nós humanos nos adaptamos a tudo, incluindo prazer, e isto vai desde comer chocolate até comprar um carro novo ou joias ou roupas de grife. Problema está que, ao fazer essas coisas, temos um "surto" de felicidade que acaba rapidinho, enquanto levamos mais tempo para nos adaptarmos a coisas de maior significado, como amizades e relacionamentos.
A segunda coisa é que temos a mania de comparar nossa vida com como vemos a vida de outrem. Assim, pessoas ricas se sentem mais felizes quando se comparam a pessoas mais pobres. Enquanto a recíproca não é absolutamente verdadeira, pois os mais pobres se sentem absolutamente infelizes quando se comparam com os mais ricos.
A boa notícia é que podemos escolher com quem e o que nos comparamos, e aprender a nos adaptarmos mais rapidamente ao que dá significado à vida, tal como relacionamentos e metas.
Como todos concordam, não há nenhuma chave dourada ou segredo a ser revelado para encontrar a felicidade, mas há sim ingredientes “sine qua non” para desenvolvê-la, a saber: família e amigos, e quanto mais profundas forem estas relações, mais felizes seremos. O prof. Diener até sugere que amigos matam germes, pois, em sendo nosso cérebro a coisa que controla todas nossas reações orgânicas, um cérebro feliz e amigável torna o sistema imunitário mais forte. Da mesma maneira que stress provoca doenças, amigos nos protegem delas. Mas ainda, um economista, o prof. Oswald da Universidade de Warwick, desenvolveu uma fórmula segundo a qual, para compensar a falta de amigos, deveríamos ganhar um extra de R$ 200.000 por ano.
Devo ser honesta e informar que não entendi coisa nenhuma da fórmula da criatura, só estou repassando a conclusão, o que nem chega a ser novidade, pois para mim economistas são uma espécie absolutamente desconhecida, com um linguajar e ideação únicas e incompreensíveis para esta que escreve. Outro item importantíssimo é ter sentido na vida, isto é acreditar em algo maior do que nós mesmos, seja isso religião, espiritualidade, ciência, filosofia de vida. Aliás, velho Freud já dizia que os três únicos mecanismos de defesa que nos fazem bem na vida são o humor, sublimação e altruísmo (o altruísmo não é do Freud pai, mas da Freud filha, a Anna, que, em minha opinião, na área dos mecanismos de defesa, superou e muito o pai, função, aliás, de qualquer filho que se preze - adendo meu).
E a terceira coisa é ter embutido nos próprios valores algo pelo qual se trabalhe, e que se trabalhe com algo que nos dê prazer.
Para compensar meu profundo desentendimento de economês, trago uma pesquisa que entendi perfeitamente. É a respeito de amizade entre mulheres, liderada pela Dra. Laura Cousino Klein, atualmente Professora de Saúde Biocomportamental na Universidade da Pennsilvania, na época do estudo, na UCLA. E a citada senhora, virou de ponta cabeça tudo que se pensava que se sabia sobre Stress. A descoberta se deu num daqueles fantásticos momentos de "Ai Jesus, vai que é isso mesmo!", quando duas mulheres cientistas, a Dra. Klein e a Dra. Taylor, estavam lá na UCLA tomando seu café e papeando (isso é real, e não minha costumeira apologia ao café e papo com amigos). Pois estavam brincando sobre quando mulheres ficavam estressadas, elas iam ao laboratório, limpavam o local bem limpadinho e depois se juntavam para um café e um papo, enquanto os homens iam pra algum canto resmungar solitariamente. Vai daí que as duas se deram conta que 90% da pesquisa sobre stress eram com homens e que nada se sabia sobre a resposta hormonal do stress em mulheres. E a partir dessa constatação, foram à luta e descobriram quais eram as diferenças, e faço um resumo da fantástica pesquisa:
Mulheres reagem ao stress com uma cascata de hormônios, grande como Sete Quedas, isto é, primeiro, mulheres liberam Oxitocina, como resposta inicial ao stress, enquanto homens liberam Testosterona. A Oxitocina funciona como um "amortecedor" para a resposta de luta ou fuga, que é a base do stress, enquanto a Testosterona diminui a ação da Oxitoxina. Esse "amortecimento" da resposta de luta ou fuga, faz com que, em momentos de stress, as mulheres tendam a cuidar das crianças e a se juntarem em grupos, e quando as mulheres se engajam neste comportamento de cuidar e se juntar, mais Oxitoxina é liberada, o que diminui mais ainda o stress e produz um efeito calmante.
Esse estudo tem enormes correlações, principalmente a respeito de saúde como um todo, além de explicar objetivamente o porquê mulheres costumam viver mais do que homens em todas as culturas conhecidas, além do que, seguindo o novo paradigma divisado pelas doutoras, estudos e mais estudos vêm mostrando que os relacionamentos sociais diminuem colesterol e pressão alta, a frequência cardíaca e o risco para infecções no geral.
E se isso não bastasse, o famoso estudo das enfermeiras, realizado pela Escola de Medicina de Harvard, demonstrou que quanto mais amigos as mulheres têm, menos problemas terão com envelhecimento, e mais felizes e satisfeitas serão com suas vidas, sendo o oposto absolutamente verdadeiro.
Então, a pergunta que não quer calar, além de quem matou JFK, é a seguinte: por que será que, apesar disso tudo, temos cada vez menos tempo para nossos amigos? Essa pergunta também foi feita pela pesquisadora Ruthellen Josselson, Ph.D., coautora do livro "Best Friends: The Pleasures and Perils of Girls's and Women's Friendships" (Melhores amigas: os prazeres e perigos das amizades de garotas e mulheres, Three Rivers Press, 1998), e reproduzo um pedacinho extremamente importante do citado livro:
"Sempre que ficamos sobrecarregadas com trabalho e família, a primeira coisa que fazemos é botar nossas amizades em segundo plano, afastadas, e isso, além de ser um tremendo erro, é o que torna o problema ainda maior, pois nossas amigas são nossa fonte de força. Nós cuidamos umas das outras, e temos a maior necessidade de ter um espaço sem pressão onde podemos fazer aquelas coisas especiais que só fazemos quando estamos com nossas amigas. Na realidade, é uma experiência que cura nossos males."
E é tão simples, não é mesmo? Um café e um amigo.
E esta é minha homenagem a todas as amigas e amigos maravilhosos que tenho a sorte enorme de ter. Podem deixar que o café eu preparo.
Cousino Klein L, Corwin EJ. "Seeing the unexpected: how sex differences in stress responses may provide a new perspective on the manifestations of psychiatric disorders"; Curr Psychiatry Rep. 2002 Dec;4(6):441-8.
Geary DC, Flinn MV. "Sex differences in behavioral and hormonal response to social threat": Psychol Rev 2002 Oct;109(4):745-50; discussion 751-3
Taylor, S. E., Klein, L.C., Lewis, B. P., Gruenewald, T. L., Gurung, R. A. R., & Updegraff, J. A." Behavioral responses to Stress:Tend and Befriend, not Fight or Flight" :Psychol Rev, 107(3):41-429.
The Nurse's health Study
The Happiness Formula-BBC
Comentários
Postar um comentário