7 PASSOS PARA ENTENDER SENTIMENTOS E PENSAMENTOS
7 STEPS TO DEVELOP AWARENESS OF YOUR FEELINGS AND THOUGHTS
Pensamentos são diálogos internos.
Temos, em média , cerca de 6000 pensamentos por dia, a maioria
repetitivos, isto é, aqueles com os quais já estamos acostumados e que ficam
voltando.
Na maioria dos casos, esses
pensamentos foram aprendidos a partir das experiências
com nossos cuidadores primários na
infância (usualmente pais e família próxima), e foram
repetidos a partir daí.
Considerando que nossas habilidades cognitivas não se desenvolvem totalmente até
mais ou menos a metade da década dos 20, dá para imaginar quantos
desses pensamentos são puro lixo, desatualizado,
sem nenhuma serventia, daí a razão da necessidade de entender nossos pensamentos.
Porque,
tendo a capacidade de escolher como pensamos a nosso próprio respeito e a
respeito do mundo em geral, podemos regular e escolher nossa resposta a
qualquer evento desencadeante.
É
simples: O entender o que se passa nesse nosso diálogo interno nos permite
escolher que respostas queremos dar aos eventos, estando portanto no controle da
situação, ao invés de permitirmos que nossas emoções o estejam.
Nossa
felicidade depende disso, e este é um ponto crítico, pois nossos pensamentos
ativam processos que são dirigidos pelas emoções, mesmo as mais dolorosas.
Vai
daí que nossos pensamentos e crenças subjacentes vão lá, e automaticamente desencadeiam essas emoções.
Embora
eventos e ações possam provocar
sentimentos desagradáveis, não são os causadores dos mesmos.
Os agentes
ativadores são as historinhas que contamos a nós mesmos, e a maior parte do que
nós dizemos opera em nível inconsciente.
Nossas
historinhas derivam de nossas crenças.
Quando nós, e não nossas emoções, estamos no comando do que pensamos,
estamos também no comando de nossos comportamentos, e,
portanto, temos mais controle sobre a forma como os eventos
em nossas vidas vão se desenrolar.
Desenvolver
o autoconhecimento é o primeiro passo para transformar nossos pensamentos.
Também
e essencial entender o poder de nossas emoções.
Nossos pensamentos são energias com as quais temos que lidar, pois são as
alavancas das emoções, as quais, por sua vez, moldam nosso comportamento.
Nesse
sentido, as emoções são nossos “sinalizadores” isto é, as luzes do semáforo que
indicam como vamos nos comportar.
Como
uma bússola, os
sentimentos indicam quando estamos na direção
certa ou errada em relação a quem queremos ser, nossos
objetivos ou nossa visão de vida.
Nosso
sucesso na resolução dos problemas na vida está diretamente relacionado à nossa capacidade de experienciar completamente toda a vasta gama de emoções,
permitindo que elas nos informem nossa direção, a cada momento.
Emoções
agradaveis, ou que nos fazem sentir bem, como por exemplo alegria, felicidade,
confiança, nos dizem que algumas de nossas necessidades básicas estão sendo
preenchidas, mas cuidado, porque esses sentimentos podem ser enganosos.
Vejam,
nem tudo o que nos faz sentir bem é bom para nossa saúde ou nosso interesse, por exemplo, substâncias ou atividades que causam dependências.
Já as
emoções desagradáveis sinalizam que algo, lá dentro, está liberando os hormônios
do stress.
Apesar
disso, muitas coisas que causam stress, como por exemplo lidar com algo importante,
fazer um teste ou prova, são extremamente saudáveis física, mental e
emocionalmente.
Eles
nos ajudam a aprender,
crescer, desempenhar, criar e
fazer coisas extraordinárias!
Assim,
é de vital importância aprender
a nos conectarmos empaticamente a todas
as emoções dolorosas, desagradáveis
ou que nos fazem "sentir mal", como raiva, culpa, vergonha, dor e ansiedade.
Elas
fornecem uma
grande quantidade de informações essenciais que as
emoções agradáveis não podem fornecer.
Elas nos contam
onde estamos, em relação a onde queremos, aspiramos ou almejamos estar.
Essas
emoções, baseadas no medo, nos convidam a entender quais são as mudanças ou ações possíveis e que funcionariam melhor no alcance de nossos
objetivos.
Na
maioria das vezes são "ações" pequenas,
como a substituição de uma crença
limitante por uma energizante.
Ou pode ser uma
ação mais desafiadora, como fazer um pedido ou expressar sentimentos a um ente
querido (autenticamente, sem culpa ou condições).
Aqui vão os 7
passos para nos conscientizarmos de nossos
sentimentos e sua relação com nossos pensamentos
1-
SELECIONE UMA “SITUAÇÃO GATILHO” PARA PROCESSAR.
Faça uma lista de eventos
que costumam disparar seus sentimentos de raiva.
Daí ,selecione o que
achar mais fácil de lidar, só pra começar.
Com a prática, e indo um passo de
cada vez, vai subindo a escala pros que considera mais difíceis.
Dá pra notar
que leva tempo, e requer paciência, mas ao mesmo tempo que há que se sair da
zona usual de conforto, também não queremos ser esmagados pelo processo, e a
qualquer momento que a coisa se tornar por demais emocionalmente intensa, para
tudo, vai fazer qualquer outra coisa.
Se isso continuar acontecendo,
provavelmente é melhor procurar por ajuda profissional.
2-
CENTRE-SE NO PRESENTE, RESPIRANDO FUNDO
E DEVAGAR
Depois de selecionar o “ gatilho” sobre o
qual quer
refletir, relaxe.Feche os olhos,
respire devagar e
profundamente a partir da barriga,( de 3 a 5 boas
respiradas costumam
ser o suficiente) .
Foque
toda a atenção na respiração, e com os olhos fechados, escaneie todo seu corpo,
do topo da cabeça a ponta dos dedos dos pés, liberando qualquer tensão no
caminho.
Imagine-se
num lugar seguro.
Lembre que você não é suas emoções ou seus pensamentos.
Você é
o/a observador, criador e o quem escolhe emoções e pensamentos.
Diga a
você mesmo/a que isso é uma boa notícia.
Isso
significa que você está no comando de suas respostas, e que ninguém pode fazê-lo
sentir-se assim ou assado sem seu consentimento.
Você é
o observador de suas emoções.
Faça
uma anotação mental de que as emoções que esta experienciando são apenas velhos
bolsões de energia, feridas de infância, de momentos em que não tinha muitas
capacidades cognitivas para saber de si, e de ver-se, e ao mundo, sob várias e
diferentes perspectivas.
Agora,
como adulto inteligente e capaz, você está sempre no comando desses processos.
Também
pode interromper esta parte em qualquer ponto que achar necessário.
3-
IDENTIFIQUE E SINTA SUAS EMOÇÕES
Estando relaxado e centrado em sua respiração, traga à
mente o gatilho escolhido, recordando sua mais recente ocorrência.
Sem julgar,
faça uma pausa para tomar consciência de seus sentimentos e sensações.
Observe todas as emoções e sentimentos que esta sentindo, continue respirando profundamente.
Ajuda, se se perguntar: o que estou sentindo neste
exato momento?
Se estiver sentindo raiva, dá uma olhadinha no que esta
debaixo disso.
A raiva é SEMPRE uma emoção secundária, que entra em cena
para nos proteger do sentir coisas de vulnarabilidade, tais como vergonha, dor
ou medo, que podem ser esmagadoras.
Que emoções você está sentindo?
Escreva-as.
Uma ideia e
manter um diario desses exercícios.
4-
SINTA E OBSERVE A LOCALIZAÇÃO DE TODAS AS SENSAÇÕES EM
SEU CORPO
Pare para sentir cada emoção, e cada sensação física
associada.
Para cada emoção que estiver sentindo, pergunte-se que sensações seu corpo esta sentindo e onde, quando imagina o evento desencadeador.
Para cada emoção que estiver sentindo, pergunte-se que sensações seu corpo esta sentindo e onde, quando imagina o evento desencadeador.
Em sentindo
a sensção, respire profundamente e, gentilmente coloque a mão no local que esta
sentindo no corpo.
E, ao fazer isso, conscientemente suprima qualquer impulso
de corrigir, parar, julgar ou reprimir seja lá qual for a emoção ou sensação
que estiver sentindo.
Continue sondando, e perceba que as sensações
provavelmente estão diminuindo em intensidade.
Se continuar parecendo que raiva é a emoção primária,
continue se pergntando: “ Que mais estou sentindo”?
Descreva as sensações que sentiu e onde sentiu numa coluna a direita das
emoções que já escreveu no item 3.
5- ACEITE SEUS SENTIMENTOS E TENHA A CERTEZA DE QUE PODE
LIDAR COM TODA E QUALQUER EMOÇÃO OU SENSAÇÃO.
Continue a se lembrar que você NÃO É suas emoções.
Emoções são formas de
energia, e o que você está sentindo são bolsões de energia intensamente
carregada e ligadas ao passado.
Como criador de sua própria vida, você pode escolher , se quiser, respirar
dentro de qualquer energia dolorosa, observá-la mudar, movimentar-se e finalmente, se desprender.
Você pode escolher reafirmar o
poder que tem como criador de suas opções,
e simplesmente aceitar seus sentimentos dolorosos como ocorrências naturais baseadas nas historinhas que vem se contando há muito
tempo.
Calmamente, afirme: “ Aceito que estou sentindo......... neste momento”.
Fale silenciosamente com você mesmo : “ Eu posso lidar com esta emoção.
Sou forte, e capaz de lidar com isso sábia, fácil e calmamente”.
(Se quiser e estiver seguro que ninguém vai
ouvir, as vezes é bom berrar tudo isso, mas como a ideia é modificar a você
mesmo, não há nenhuma necessidade de dar pano para manga para fantasia de
vizinhos. Até JC disse que, se quisesse rezar, o fizesse no armário. É coisa
sua, não do universo.)
Uma forma poderosa de alavancar as emoções negativas, é lembrando de alguma
época que se experienciou emoção semelhante e lidou-se bem com ela .
E desde que
já lidou bem no passado, obviamente pode fazê-lo no presente e no futuro.
Diga para você mesmo: “ Lidei com isso no passado, posso lidar agora e no
futuro”.
Repita a afirmação quantas vezes forem necessárias até perceber uma mudança
tanto na intensidade quanto em seu estado emocional.
Respire fundo entre cada
repetição.
Saiba que, cada vez que lidar com alguma emoção, isso se soma a seu
repertorio de sucessos, o que fortalecerá sua habilidade de manejar suas emoções,
e no futuro, que esperamos próximo, aprender a tornar as emoções baseadas no
medo em bens emocionais.
6- PERCEBA QUE É O QUE VOCÊ SE DIZ, DENTRO DE SUA CABEÇA,
QUE DISPARA AS EMOÇÕES DOLOROSAS.
Observe seus pensamentos quando imagina o evento desencadeador,
particularmente qualquer padrão tóxico de pensamento.
Seus pensamentos desencadeiam emoções/sensações físicas no corpo.
É
simplesmente como o cérebro funciona.
Observe esses pensamentos de uma distância segura, mas sem julgar.
Use o seguinte prop visual: Imagine-se num trem muito luxuoso, em alta
velocidade, e você esta olhando pela janela, assistindo a todos seus
pensamentos perturbadores passarem por ela rapidamente, enquanto você está
confortabilíssimo e seguro em sua poltrona, só olhando.
Anote o que disse a você mesmo em outra coluna, ao lado das emoções e
sensações físicas nos itens 3 e 4.
7- CONECTE-SE EMPATICAMENTE PARA ENTENDER E VALIDAR SUA EXPERIÊNCIA
Lembre-se que, apesar do fato de que pessoas ou eventos podem desencadear
emoções negativas, elas nunca são a causa das mesmas.
É sua conversa interna que causa todas as emoções dolorosas, tipo frustração, culpa,
ressentimento ou raiva, e consequentes sensações em seu corpo.
É como você explica os gatilhos a você mesmo, o que é ótimo, pois você pode mudar tudo isso.
Você pode escolher pensar pensamentos que o/a acalmam, o que fortalece sua
confiança e capacidade de fazer escolhas com base em informação e não emoção.
E essa é ótima notícia, pois significa que você é a única pessoa responsável pelas suas ações, pensamentos e respostas emocionais.
Você tem a capacidade de proteger sua felicidade e paz de espírito,
independentemente da situação pela qual esteja passando.
Ninguém pode fazê-lo sentir-se de determinada maneira, a não ser que você o
permita.
O entender isso cria declarações que validam e afirmam a experiência, tipo:
“ Faz sentido me sentir sobrecarregada, porque estou dizendo a mim mesma: nunca
conseguirei fazer isso, é demais pra mim, não posso lidar com isso.”
Em suma, pensamentos disparam sentimentos
e os sentimentos comunicam informação vital quanto à melhor forma de
sobreviver – e prosperar.
Na medida que sua percepção for se
fazendo mais clara a respeito do fato que
suas emoções e sensações são respostas a seus pensamentos ou diálogos
internos, mais fácil vai ficando o redirecionamento dos já citados pensamentos,
e assim, vai notar que tem muito mais poder do que imaginava, para regular seus
estados emocionais.
Quando entender o poder que as emoções tem de moldar a vida, e a relação
intrinsica das mesma com seu pensamentos, vai ser muito mais fácil lidar com
elas como produto de suas escolhas.
Lembre-se que, no mar da vida, as emoções são nosso sistema de navegação.
(Para quem quer conhecer mais ,
aconselho):
Anatomia emocional, Stanley
Keleman, Grupo Editorial
Summus, 1992
Uma profunda reflexão sobre as
conexões entre a anatomia e os sentimentos, a forma e as emoções. O autor é
pioneiro no estudo do corpo e sua relação com os aspectos emocionais,
psicológicos, sexuais e imaginativos de experiência humana. Um dos principais
representantes da linha neo-reichiana nos EUA.
Comentários
Postar um comentário