A BIOLOGIA DO DESEJO, OU PORQUE É PERIGOSAMENTE ERRADO PENSAR NAS DEPENDÊNCIAS COMO UMA FORMA DE DOENÇA.
O título, e o resto, vem diretamente do livro “The Biology of Desire: Why Addiction is not a Desease” (A Biologia do desejo: porque a dependência não é uma doença –tradução minha que ainda não tem tradução para o português), do psicologo neurocientista e ex dependente, Marc Lewis.
O mistério da dependência, o que é, o que faz e o que fazer para acabar com ela, são tópicos discutidos diariamente em fóruns médicos, psicologicos, politicos, educanionais, entre amigos, em familia, no barbeiro, enfim, em qualquer lugar onde haja um vivente, lá está também a dependência. Nosso pavor dela. Nossa fascinação por ela.
Estima-se que, 1 em cada 10 americanos é dependente de álcool e/ou outras drogas, e se admitirmos que comportamentos como jogos de azar, comer compulsivamente, sexo e vídeo games podem ser viciantes de maneiras semelhantes, é provável que todo mundo tenha um parente, amigo ou conhecido, viciado em alguma forma de diversão, só que num grau destrutivo.
Mas o que exatamente está errado com eles?
Há várias décadas, tem sido lugar-comum dizer que os viciados têm uma doença. No entanto, os mesmos cientistas que uma vez pareciam sustentar essa afirmação começaram a desmantelá-la.
Antes disso, as dependências eram chamadas de “vícios”, vistos como falhas de moral e caráter. Essas pessoas eram criticadas, repreendidas e se lhes pedia que tivessem mais “força de vontade”, atitudes que se provaram espetacularmente ineficazes, embora, verdade seja dita, a maioria dos viciados consegue sair da coisa sem qualquer forma de tratamento.
No entanto, muitos não conseguem e, em meados do século 20, o movimento de recuperação, centrado em torno do método dos 12 passos, desenvolvido pelos fundadores dos Alcoólicos Anônimos, tornou-se, não só uma panacéia para todos os males, mas uma dádiva aos médicos, que, em não sabendo como tratar a coisa, muito agradecidos ficaram a terem para onde encaminar aqueles pacientes que absolutamente não seguiam ou seguem a coisa do “obrigado Doutor por salvar minha vida”, muito antes pelo contrário.
Essa abordagem acabou por se propagar para os chamados "vícios comportamentais", como jogos de azar ou sexo, atividades que nem sequer envolvem o uso de qualquer tipo de substância que altere a mente.
Grande parte da potência do AA vem de seu reconhecimento de que a tal força de vontade não é suficiente para vencer este demônio e que o uso de culpa, chicotadas e achincalhamento é contraproducente.
O primeiro passo requer que o participante admita sua impotência diante da dependência, tirando a recuperação da área do auto-controle e colocando-a no reino da transcendência. Os participantes admitem que são impotentes perante seja lá o que for que os vicie, e colocam toda a confiança num Poder Superior e no programa, para que estes lhe forneçam a força e a estratégia para sair do enrosco.
O princípio básico dos 12 Passos é que o vício é congênito e crônico: o dependente nasceu assim e não importa há quanto tempo não usa, vai continuar a ser um viciado por todo o resto de sua existência.
O florescimento do movimento 12 passos é uma das razões pelas quais agora, todos nós, ao invés de “vício” ou “hábito perigoso”, descrevemos a coisa como doença. Ter uma doença, implica em ser impotente para fazer qualquer coisa a respeito, a não ser seguir o tratamento prescrito. Uma pessoa com uma doença é Infeliz, coitada, ao invés de “fraca”, “sem força de vontade” ou “degenerada”. Algo inato no corpo, particularmente no cérebro, faz com que, ele ou ela sejam excepcionalmente suscetíveis a ficar viciados.
É mais ou menos como carregar uma granada na mão e a questão é simplesmente conter, de alguma maneira, o insano impulso de puxar o pino.
Outro fator de promoção do modelo de doença é que enfiou o vício na saúde pública, quer na forma de uma doença cujo tratamento pode ser pago por qualquer seguro saúde, quer como foco de centros de reabilitação com fins altamente lucrativos.
Só como exemplo, aqui vai um link para um centro na Califórnia, cujo preço médio para internação por 3 meses, gira em torno de US$ 350.000,00. clique aqui
Esta concepção da dependência como um fenômeno biológico, foi endossada ao longo dos últimos 20 anos, pelas novas tecnologias que vem permitindo aos neurocientistas não só medir o cérebro humano, mas também suas atividades, em detalhes cada vez mais reveladores. Com certeza, os cérebros de dependentes são fisicamente diferentes, às vezes impressionantemente diferentes dos da média das pessoas. Mas a neurociência deu e agora ela tira. O movimento de recuperação e reabilitação sempre teve seus críticos, mas, ultimamente alguns dos mais vocais têm sido os neurocientistas, cujos resultados uma vez lhe deu credibilidade.
Um deles, é o acima citado Lewis, que diz: “A teoria da doença, e a ciência, por vezes usada para seu suporte, não levam em consideração a plasticidade do cérebro humano. Claro, "o cérebro muda com o vício”, mas a maneira como ele muda tem a ver com aprendizado e desenvolvimento, e não com a doença.Todas as experiências significativas e repetidas mudam o cérebro, e adaptabilidade e hábito são suas armas secretas. As mudanças provocadas pelo vício não são, contudo, permanentes e, apesar de serem perigosas, não são anormais.
Através da combinação de uma história emocional difícil, tremendo azar e as operações ordinárias do próprio cérebro, um viciado é alguém cujo cérebro foi transformado, mas também é alguém que pode ser empurrado ainda mais ao longo da estrada, para o desenvolvimento saudável. (Lewis não gosta do termo "recuperação", porque implica num retorno ao estado do viciado antes do vício, coisa com a qual concordo, pois é impossivel se voltar a ser o que se era antes de qualquer evento que, bem ou mal, modificou nossa vida.)
O livro que estou citando, é montado em torno de vários estudos de caso, cada um ilustrando um caminho único para a dependência. O esforçado empresário australiano que se enrola todo na "clareza, poder e potencial" que lhe dá o fumar metanfetamina, junto com a capacidade de poder trabalhar longas horas, enquanto drogado. A assistente social que se comporta abnegadamente em seu trabalho e casamento, enquanto constrói uma vida secreta, egoísta e desafiadora, ao roubar e tomar prescrições de medicação opiácea. Um irlandês tímido que começou a beber como forma de relaxar em situações sociais, devagarzinho começa a ver situações sociais como ocasião para beber e, em seguida, beber como motivo para esconder-se em seu apartamento por dias a fio.
Cada uma dessas pessoas teve uma "ferida emocional" de algum tipo, que a substância ajudou a lidar, pelo menos por um tempinho. Mas, uma vez iniciado o uso, o hábito eventualmente tornou-se auto perpetuante e, na maioria dos casos, em última análise, só serviu para aprofundar a ferida. Cada estudo de caso se concentra em uma parte diferente do cérebro envolvida na dependência e ilustra como a função de cada parte - desejo, emoção, impulso, comportamento automático - fica acorrentado a um único objetivo: consumir a substância viciante.
O cérebro é construído para aprender e mudar, mas também para formar caminhos para o comportamento repetitivo, desde escovar os dentes até meter o pé no freio, de modo que não precisemos pensar, conscientemente, em tudo que fazemos.
O cérebro se auto organiza, e todas essas propiedades são ótimas.O problema é que, no caso das dependências, são desviadas para ações ruins.
O vício, na realidade, é apenas um hábito, embora seja dificil entender o quão profundamente tal hábito possa estar gravado no cérebro.
A repetição de motivação – experiência, ou seja, a sensação de ter as preocupações levadas para longe, todas elas trocadas pelo nirvana da heroina, por exemplo, produzem mudanças no cérebro que vão definir experiências futuras.
Mesma coisa com o beber demasiado, que vai esculpir as sinapses que vão determinar os padrões de consumo futuros.
Mais e mais experiências e atividades se enrolam na experiência da dependência e provocam desejos e expectativas, como o sino que fazia o cachorro de Pavlov salivar, o sair de casa, o ir para ao bar preferido, ou todos os rituais desde o cheirar coca a injetar, de metanfetamina a heroina.
O mundo se torna uma série de sinais que apontam na mesma direção, ativando poderosos impulsos inconscientes para segui-los.
Em certo momento, o comportamento viciante se torna compulsivo, aparentemente tão irresistivelmente e automático como um reflexo. A pessoa pode até não querer mais a droga mais, mas esqueceu tudo, a respeito de viver, a não ser como procurar sua droga de escolha e usá-la.
Apesar disso tudo, todos os viciados que Lewis entrevistou para o livro, estão sóbrios agora, alguns através dos programas de 12 passos, outros através de regimes auto-concebidos, como a dependente de heroína que se auto ensinou a meditar, enquanto presa.
Obviamente não é surpresa que um psicólogo pense em alguma forma de terapia para abordar as motivações emocionais subjacentes dos dependentes, mas Lewis está longe de ser o único especialista a expressar esta opinião, ou a recomendar terapia cognitivo-comportamental como uma forma de remodelar o cérebro e redirecionar seus sistemas para novos padrões, não auto-destrutivos.
Sem dúvida, os AA e programas similares têm ajudado muitas pessoas. Mas também falharam outras tantas. Tamanho único não funciona, nem para roupas, tratamentos, ou vida em geral.Há um crescente corpo de evidências que vem demonstrando que, capacitar os dependentes, em vez de insistir para que adotem a impotência e a impossibilidade de se livrar de vez do hábito, pode ser um caminho.
Se dependência é uma forma de aprendizado que deu tragicamente errado, também é possível que possa ser desaprendida, e que a mutabilidade inata do cérebro possa definir novo e melhor aprendizado.
"Os viciados não estão doentes", Lewis escreve, "e eles não precisam de intervenção médica, a fim de mudar suas vidas. O que eles precisam é de um “andaime” social, sensível e inteligente, para segurar as partes de seu futuro no lugar, enquanto escalam em direção a esse futuro ".
E como concordo, deixando claro que, em alguns casos de pacientes com sérias patologias de base, como por exemplo, a esquizofrenia, o uso de anti psicoticos pode fazer milagres.
The Biology of Desire para baixar, clique aqui
O mistério da dependência, o que é, o que faz e o que fazer para acabar com ela, são tópicos discutidos diariamente em fóruns médicos, psicologicos, politicos, educanionais, entre amigos, em familia, no barbeiro, enfim, em qualquer lugar onde haja um vivente, lá está também a dependência. Nosso pavor dela. Nossa fascinação por ela.
Estima-se que, 1 em cada 10 americanos é dependente de álcool e/ou outras drogas, e se admitirmos que comportamentos como jogos de azar, comer compulsivamente, sexo e vídeo games podem ser viciantes de maneiras semelhantes, é provável que todo mundo tenha um parente, amigo ou conhecido, viciado em alguma forma de diversão, só que num grau destrutivo.
Mas o que exatamente está errado com eles?
Há várias décadas, tem sido lugar-comum dizer que os viciados têm uma doença. No entanto, os mesmos cientistas que uma vez pareciam sustentar essa afirmação começaram a desmantelá-la.
Antes disso, as dependências eram chamadas de “vícios”, vistos como falhas de moral e caráter. Essas pessoas eram criticadas, repreendidas e se lhes pedia que tivessem mais “força de vontade”, atitudes que se provaram espetacularmente ineficazes, embora, verdade seja dita, a maioria dos viciados consegue sair da coisa sem qualquer forma de tratamento.
No entanto, muitos não conseguem e, em meados do século 20, o movimento de recuperação, centrado em torno do método dos 12 passos, desenvolvido pelos fundadores dos Alcoólicos Anônimos, tornou-se, não só uma panacéia para todos os males, mas uma dádiva aos médicos, que, em não sabendo como tratar a coisa, muito agradecidos ficaram a terem para onde encaminar aqueles pacientes que absolutamente não seguiam ou seguem a coisa do “obrigado Doutor por salvar minha vida”, muito antes pelo contrário.
Essa abordagem acabou por se propagar para os chamados "vícios comportamentais", como jogos de azar ou sexo, atividades que nem sequer envolvem o uso de qualquer tipo de substância que altere a mente.
Grande parte da potência do AA vem de seu reconhecimento de que a tal força de vontade não é suficiente para vencer este demônio e que o uso de culpa, chicotadas e achincalhamento é contraproducente.
O primeiro passo requer que o participante admita sua impotência diante da dependência, tirando a recuperação da área do auto-controle e colocando-a no reino da transcendência. Os participantes admitem que são impotentes perante seja lá o que for que os vicie, e colocam toda a confiança num Poder Superior e no programa, para que estes lhe forneçam a força e a estratégia para sair do enrosco.
O princípio básico dos 12 Passos é que o vício é congênito e crônico: o dependente nasceu assim e não importa há quanto tempo não usa, vai continuar a ser um viciado por todo o resto de sua existência.
O florescimento do movimento 12 passos é uma das razões pelas quais agora, todos nós, ao invés de “vício” ou “hábito perigoso”, descrevemos a coisa como doença. Ter uma doença, implica em ser impotente para fazer qualquer coisa a respeito, a não ser seguir o tratamento prescrito. Uma pessoa com uma doença é Infeliz, coitada, ao invés de “fraca”, “sem força de vontade” ou “degenerada”. Algo inato no corpo, particularmente no cérebro, faz com que, ele ou ela sejam excepcionalmente suscetíveis a ficar viciados.
É mais ou menos como carregar uma granada na mão e a questão é simplesmente conter, de alguma maneira, o insano impulso de puxar o pino.
Outro fator de promoção do modelo de doença é que enfiou o vício na saúde pública, quer na forma de uma doença cujo tratamento pode ser pago por qualquer seguro saúde, quer como foco de centros de reabilitação com fins altamente lucrativos.
Só como exemplo, aqui vai um link para um centro na Califórnia, cujo preço médio para internação por 3 meses, gira em torno de US$ 350.000,00. clique aqui
Esta concepção da dependência como um fenômeno biológico, foi endossada ao longo dos últimos 20 anos, pelas novas tecnologias que vem permitindo aos neurocientistas não só medir o cérebro humano, mas também suas atividades, em detalhes cada vez mais reveladores. Com certeza, os cérebros de dependentes são fisicamente diferentes, às vezes impressionantemente diferentes dos da média das pessoas. Mas a neurociência deu e agora ela tira. O movimento de recuperação e reabilitação sempre teve seus críticos, mas, ultimamente alguns dos mais vocais têm sido os neurocientistas, cujos resultados uma vez lhe deu credibilidade.
Um deles, é o acima citado Lewis, que diz: “A teoria da doença, e a ciência, por vezes usada para seu suporte, não levam em consideração a plasticidade do cérebro humano. Claro, "o cérebro muda com o vício”, mas a maneira como ele muda tem a ver com aprendizado e desenvolvimento, e não com a doença.Todas as experiências significativas e repetidas mudam o cérebro, e adaptabilidade e hábito são suas armas secretas. As mudanças provocadas pelo vício não são, contudo, permanentes e, apesar de serem perigosas, não são anormais.
Através da combinação de uma história emocional difícil, tremendo azar e as operações ordinárias do próprio cérebro, um viciado é alguém cujo cérebro foi transformado, mas também é alguém que pode ser empurrado ainda mais ao longo da estrada, para o desenvolvimento saudável. (Lewis não gosta do termo "recuperação", porque implica num retorno ao estado do viciado antes do vício, coisa com a qual concordo, pois é impossivel se voltar a ser o que se era antes de qualquer evento que, bem ou mal, modificou nossa vida.)
O livro que estou citando, é montado em torno de vários estudos de caso, cada um ilustrando um caminho único para a dependência. O esforçado empresário australiano que se enrola todo na "clareza, poder e potencial" que lhe dá o fumar metanfetamina, junto com a capacidade de poder trabalhar longas horas, enquanto drogado. A assistente social que se comporta abnegadamente em seu trabalho e casamento, enquanto constrói uma vida secreta, egoísta e desafiadora, ao roubar e tomar prescrições de medicação opiácea. Um irlandês tímido que começou a beber como forma de relaxar em situações sociais, devagarzinho começa a ver situações sociais como ocasião para beber e, em seguida, beber como motivo para esconder-se em seu apartamento por dias a fio.
Cada uma dessas pessoas teve uma "ferida emocional" de algum tipo, que a substância ajudou a lidar, pelo menos por um tempinho. Mas, uma vez iniciado o uso, o hábito eventualmente tornou-se auto perpetuante e, na maioria dos casos, em última análise, só serviu para aprofundar a ferida. Cada estudo de caso se concentra em uma parte diferente do cérebro envolvida na dependência e ilustra como a função de cada parte - desejo, emoção, impulso, comportamento automático - fica acorrentado a um único objetivo: consumir a substância viciante.
O cérebro é construído para aprender e mudar, mas também para formar caminhos para o comportamento repetitivo, desde escovar os dentes até meter o pé no freio, de modo que não precisemos pensar, conscientemente, em tudo que fazemos.
O cérebro se auto organiza, e todas essas propiedades são ótimas.O problema é que, no caso das dependências, são desviadas para ações ruins.
O vício, na realidade, é apenas um hábito, embora seja dificil entender o quão profundamente tal hábito possa estar gravado no cérebro.
A repetição de motivação – experiência, ou seja, a sensação de ter as preocupações levadas para longe, todas elas trocadas pelo nirvana da heroina, por exemplo, produzem mudanças no cérebro que vão definir experiências futuras.
Mesma coisa com o beber demasiado, que vai esculpir as sinapses que vão determinar os padrões de consumo futuros.
Mais e mais experiências e atividades se enrolam na experiência da dependência e provocam desejos e expectativas, como o sino que fazia o cachorro de Pavlov salivar, o sair de casa, o ir para ao bar preferido, ou todos os rituais desde o cheirar coca a injetar, de metanfetamina a heroina.
O mundo se torna uma série de sinais que apontam na mesma direção, ativando poderosos impulsos inconscientes para segui-los.
Em certo momento, o comportamento viciante se torna compulsivo, aparentemente tão irresistivelmente e automático como um reflexo. A pessoa pode até não querer mais a droga mais, mas esqueceu tudo, a respeito de viver, a não ser como procurar sua droga de escolha e usá-la.
Apesar disso tudo, todos os viciados que Lewis entrevistou para o livro, estão sóbrios agora, alguns através dos programas de 12 passos, outros através de regimes auto-concebidos, como a dependente de heroína que se auto ensinou a meditar, enquanto presa.
Obviamente não é surpresa que um psicólogo pense em alguma forma de terapia para abordar as motivações emocionais subjacentes dos dependentes, mas Lewis está longe de ser o único especialista a expressar esta opinião, ou a recomendar terapia cognitivo-comportamental como uma forma de remodelar o cérebro e redirecionar seus sistemas para novos padrões, não auto-destrutivos.
Sem dúvida, os AA e programas similares têm ajudado muitas pessoas. Mas também falharam outras tantas. Tamanho único não funciona, nem para roupas, tratamentos, ou vida em geral.Há um crescente corpo de evidências que vem demonstrando que, capacitar os dependentes, em vez de insistir para que adotem a impotência e a impossibilidade de se livrar de vez do hábito, pode ser um caminho.
Se dependência é uma forma de aprendizado que deu tragicamente errado, também é possível que possa ser desaprendida, e que a mutabilidade inata do cérebro possa definir novo e melhor aprendizado.
"Os viciados não estão doentes", Lewis escreve, "e eles não precisam de intervenção médica, a fim de mudar suas vidas. O que eles precisam é de um “andaime” social, sensível e inteligente, para segurar as partes de seu futuro no lugar, enquanto escalam em direção a esse futuro ".
E como concordo, deixando claro que, em alguns casos de pacientes com sérias patologias de base, como por exemplo, a esquizofrenia, o uso de anti psicoticos pode fazer milagres.
The Biology of Desire para baixar, clique aqui
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