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Mostrando postagens de dezembro, 2013

RESENHA 2013

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É a época do ano na qual todo mundo faz, então lá vou eu fazer o mesmo, obviamente sob meu ponto de vista. Interessante que quanto mais envelheço, ou segundo os mais otimistas, mais experiência ganho, menos certezas tenho. Há momentos que bate uma certa nostalgia de minha adolescência, quando tinha todas as certezas, sabia de tudo, e o mundo é que não me entendia. Tenho saudade de meu dom quixotismo, que embora muito menos intenso, de todo não desapareceu, tendo ficado aquela base de tender a meter a lança nos maiores moinhos de vento, de forma a assegurar certa e segura contusão. Mas no geral, quando lembro toda a infelicidade que acompanha as certezas da adolescência, a saudade se vai rapidinho, e me lembro de minha avó, quando lhe perguntei qual era o segredo para tão longeva vida, me respondeu numa frase simples: “Sempre fiz o que quis”. Pois é. E nem o ter passado por duas guerras mundiais e ter sido uma das poucas sobreviventes da gripe espanhola, foram stress suficiente para det...

AGARRA O BODE

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Porque é Natal, tempo de lembrar as coisas boas da vida, sentir saudades dos que foram e nos deixaram tanta coisa, reproduzo uma de minhas primeiras tentativas como blogueira, que é uma homenagem às minhas antepassadas, duas suiças e uma toscana. Inesquecíveis. "Você não corre porque tem medo, mas tem medo porque corre" Burrhus Frederic "B. F." Skinner Tarde modorrenta no sítio. Estou sentada na varanda meio que supervisionando o passeio de minhas duas avós e minha tia avó. Digo supervisionando, porque vó paterna é meio cega, vó materna é meio surda, e apesar de ter diminuido bastante o tamanho de seus saltos, continua andando de salto alto, o que não é extremamente saudável, principalmente num gramado, e em descida. Um pouco atrás, vem minha tia avó que, apesar de ser pouquissimos anos mais nova, continua achando que jamais passou dos 30, fato comprovado há alguns meses atrás, quando, irritada pela péssima atitude da TV, subiu ao telhado pra consertar a ant...

A VENDA DO DISTÚRBIO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO

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Roubei o título do artigo do Alan Swarz, no NYTimes, porque não consegui pensar em nada mais apropriado. Coloco o link do artigo original, no final. O artigo todo é a respeito da palestra do Dr. Keith Conners, psicólogo, professor emérito na Duke University e iniciador da batalha para legitimar os Distúrbios da Atenção como doença, num recente congresso em Washington sobre os já citados distúrbios. E ele não está comemorando, muito antes pelo contrário, está em franco desespero, como mostra o início de sua palestra: “Os números fazem com que pareça uma epidemia. Bem, não é. É um absurdo. É uma invenção para justificar o uso de medicamentos em níveis sem precedentes e injustificáveis”. E concordo muito com ele. Deixa fazer uma revisão. Já na residência, nos era ensinado que o Distúrbio da Atenção, com ou sem Hiperatividade, era uma coisa que dava em crianças, sumia miraculosamente quando a criança chegava na adolescência, e pronto, era isso, sem sequelas e sem problemas, mais ou men...

PEDIDO DE DESCULPAS

Prezados todos que me leem, Não sei se a culpa é minha, de ter feito alguma bobagem em meu aprendizado como blogueira, ou do Google mesmo, o fato é que desapareceu a barrinha onde vejo os comentários. Vejo que há comentários, mas não posso vê-los. Só os vejo no e mail da conta associada. Assim, respondi a todos, só para descobrir que a resposta não chega a ninguém. Então, se alguém precisar de comunicação urgente, pode usar o link do Curare n Facebook, que é https://www.facebook.com/curare.dolorem  CLIQUE AQUI Tão logo esse problema for resolvido, prometo resposta a todos que não a receberam. Abraços Patrizia

NÃO SÃO SUAS VIDAS PASSADAS, SÃO AS VIDAS DE SEUS ANTEPASSADOS

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“O que é uma ideia? É uma imagem que se pinta em meu cérebro” . Voltaire Uma das coisas que mais gostava, quando no Shand’s Teaching Hospital, era os finais das Grandes Conferências Semanais, nos quais nosso chefe máximo, que usava um avental branco tão largo, que o mesmo o aplaudia quando andava, nos estimulava a soltar a imaginação a respeitos das possibilidades da neurologia. Até meu mau humor de ter acordado às 5 e meia da matina com o raio do rádio relógio berrando “dabliugegegegeeeeeeeeeee” (que ficava na sala e não no meu criado mudo, o que me obrigava a sair da cama para desligar o tormento), passava. Nesses momentos mágicos, éramos livres de soltar qualquer coisa que nos viesse à mente, sobre qualquer assunto. Numa época na qual o Projeto Genoma nem estava em consideração, computadores, se os havia, ainda eram coisas de cientistas da NASA, donughts eram considerados alimento primordial antes de conferências matutinas, e a genética que conhecia ainda era só a Mendeliana, o j...

CUIDADO COM AS NOTÍCIAS

Este fim de semana, por algum motivo, minha página no Facebook foi inundada com a seguinte notícia: O HIV é um vírus inofensivo e não transmite a AIDS”, afirma ganhador do Nobel Por: Redação em 04/12/2013 às 9:59 Compartilhar no Facebook O doutor Peter Duesberg é agora “persona non grata” para a indústria da AIDS, e tudo porque ele provou que o HIV não transmite a AIDS. Professor de Biologia Molecular da Universidade da Califórnia, Peter Duesberg teve a coragem de desafiar a indústria da AIDS, que é formada pelos produtores de medicamentos alopatas, de preservativos e pela medicina mercantilista – que vive da doença; não vive da saúde. Ele mantém 4 mil pacientes diagnosticados como portadores do HIV, ou seja, os chamados soropositivos, que não tomam remédio algum; são proibidos de tomar remédio. Não são 4. Não são 40. Não são 400. São 4.000 pacientes e em quase a metade dele o HIV desapareceu espontaneamente, o que levou o doutor Peter Duesberg a concluir que a AIDS deco...

DIVERSIDADE CULTURAL

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Nesta altura do campeonato, considero-me uma imigrante profissionaI. Este assunto costumava vir à minha cabeça raramente quando criança, de quando em vez na adolescência, bastante na idade adulta, e o tempo todo quando baixei no grande estado do Texas. Pois vejamos: quando da mudança da Itália para o Brasil, foi mais ou menos assim: minha mãe informou, mostrou fotos ou desenhos, já não lembro, de frutas fantásticas das quais nunca tinha ouvido falar, subimos no navio em Genova, descemos em Santos e a vida continuou mais ou menos como de costume, adicionados que foram dois problemas: o da banana e o das pocinhas de lama. O primeiro, deveu-se a uma revisão médica sui generis: quando na Itália, a fruta a ser comida, a maravilha, o portento, era a banana, provavelmente porque, na Itália do pós-guerra, meados dos anos 50, banana era uma raridade. No Brasil, a fruta foi mudada para maçã, naturalmente fruta rara no Brasil daquela época. Minha mãe recusou-se a fazer a troca, e assim pude...