COMO SER SEU PRÓPIO TERAPEUTA E RESOLVER A MAIORIA DOS PROBLEMAS EM SUA VIDA
Freud creditos http://www.michaelclark.name/opticalillusions/freud.shtml
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Sem sombra de dúvida, terapia é importante quando há problemas
a serem resolvidos,sendo a identificação de padrões comportamentais, uma das estratégias mais usadas pelos terapeutas para desvendar e
resolver problemas .
Mas, nem sempre é necessário um/a terapeuta
para reconhecer e corrigir um padrão doentio e aqui vão algumas dicas de como
se pode resolver alguns problemas sem ajuda profissional.
O mundo
à nossa volta é bom
em criar padrões e nós temos
uma capacidade inata para absorvê-los.
mvblogspace.blogspot.com |
À
medida que crescemos, nossa experiência se torna um gigantesco banco de dados
de informações, e nós fazemos associações entre eventos e ocorrências similares,o
que se torna nossa maneira pessoal de
entender o mundo.
Assim,
reconhecer esses padrões pode ser uma incrivel ferramenta para resolver nossos
própios problemas, se não fosse um pequeno pormenor : somos muito melhores em
reconhecer padrões de comportamento em outras pessoas do que em nós mesmos.(O velho ditado, sempre: "É mais
facil ver um cabelo no olho do vizinho do que um galho pendurado no
nosso")
Além do mais, temos também a irritante
tendência de ver padrões ONDE os queremos ver, mesmo que eles não estejam lá.
Procuramos
ajuda profissional, porque (teoricamente, um terapeuta, seja lá que escola siga), é treinado para conectar os pontos
comportamentais.
healthyhuman.net
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Na
realidade, com um pouquinho de esforço, podemos aprimorar nossas habilidades de reconhecimento de padrões e resolver muitos de nossos própios
problemas.
Neste
artigo, será dada uma introdução básica de COMO funciona o reconhecimento de
padrões, COMO pode ser usado para investigar problemas e o que
É NECESSÁRIO para identificar padrões corretamente.
As Bases do
Reconhecimento de Padrões
De acordo com uma pqsieusa de uma
uinrvsiddae ignlsea, não iporntra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso,
a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur
crteo.
O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós letiroes diinâmcos não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Viu cmoo é vdaerde!Vcoê vê com os sues ohlos – mas vê tmbaém com a mnete.
Que tneha execlnetes relsutados inetelcutais com mues crusos
O rseto pdoe ser uma ttaol bçguana que vcoê pdoe anida ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós letiroes diinâmcos não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. Viu cmoo é vdaerde!Vcoê vê com os sues ohlos – mas vê tmbaém com a mnete.
Que tneha execlnetes relsutados inetelcutais com mues crusos
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Embora o reconhecimento de
padrões é algo que entendemos intrinsicamente, a maneira como funciona é um
pouquinho mais complexa.
Um dos primeiros padrões que
aprendemos é a estrutura da linguagem.
Com certeza vc já recebeu aquele
e mail com uma mistureba de palavras, conseguiu ler e entender tudo, e no fim
do e mail lhe foi explicado que uma pesquisa numa universidade inglesa (no
meu e mail era inglesa, mas não importa, funciona do mesmo jeito em qualquer
lingua), demonstrou que podemos muito bem
ler palavras
desordenadas, desde que a primeira e última letras estejam em seu devido lugar.
Isto é
possível porque reconhecemos alguns padrões.
Primeiro,
reconhecemos o que estamos acostumados a ver.
Se
o nome Adão fosse digitado Aaddão, a
maioria de nós reconheceria Adão sem
problemas, apesar do erro ortográfico. E reconhecemos porque não existe Aaddão,
e então nosso cérebro simplesmente "corrige "o nome da maneira ortográfica à qual estamos
acostumados.
Além
disso, as outras palavras no contexto, possibilitam a detecção das letras
deslocadas.
Por
exemplo, a palavra "DA"pode ser contração, designando a vinda de
algum lugar, ou pode ser a terceira pessoa do indicativo do verbo DAR. Se digo
"Acabei de voltar DA feira", imediatamente percebe-se que é a
contração e não o verbo que estou a usar.
Roger S. Gil (terapeuta familiar e de relacões),
explica como isto acontece naturalmente à medida que aprendemos a ler:
_ Quando aprendemos a ler, básicamente
estamos aprendendo a reconhecer padrões. Num primeiro momento, olhamos para o conjunto de linhas traçadas no papel e, eventualmente, construimos um modelo que diz que "esse padrão de linhas no papel representa
uma letra". Se vemos esse padrão vezes suficientes, podemos começar a usar esses modelos para
reconhecer um novo tipo de padrão:
as palavras.
Quando aprendemos uma palavra pela primeira vez, usualmente tentamos lê-la foneticamente, apelando para os modelos- padrão existente em nossa memória para as letras.
Se o som que fizermos ao enunciar a palavra representar uma palavra que já possuimos em nosso vocabulário, então construimos um modelo para as letras dispostas nessa ordem especifica..
Com o tempo, construimos um banco de dados de milhares de palavras às quais podemos recorrer sempre que nossos olhos se depararem com uma palavra que já vimos, em vez de tentar processar a palavra como um agrupamento de letras desconhecido a cada vez que nos é mostrado.
Isso libera o nosso cérebro para fazer outras coisas como processar a idéia representada pelas palavras ._
Esse mesmo fenômeno funciona virtualmente da mesma maneira com muitas outras coisas, incluindo pequenos e grandes eventos em nossa vida.
Aprendemos o significado de uma ocorrência em particular, como o contexto pode definir o significado da mesma e, finalmente, o que significa a repetição dessa ocorrência e a ação (atitude) a ser tomada quando esta se apresenta.
Encontre seus Padrões para Resolver Seus Problemas
O QUE - COMO - QUANDO - ONDE - QUEM - POR QUE
A função do/da terapeuta é buscar padrões que o paciente não está vendo. (Essa definição é tão verdadeira para psicanálise e seu Complexo de Édipo, como para a Terapia Cognitiva e padrões comportamentais. É a velha frase no templo de Delfos: Conhece-te a ti mesmo)
Uma pessoa procura terapia para resolver seu problema de ansiedade, por exemplo, mas ser/estar ansioso é apenas um sintoma, e embora métodos genéricos possam ser usados para melhorar o sintoma (tipo usar ansiolíticos, tipo benzodiazepínicos, que vem a ser o mesmo princípio de usar aspirina para baixar a febre, a qual, também, é só um sintoma) , a única maneira de resolver um problema é achar e tratar a causa do mesmo ( ou como diziam nossos avós, literalmente, arrancar o mal pela raiz).
E é aí que entram os padrões. Brian Newton (psicólogo na reta final para seu PhD), explica como terapeutas resolvem o mistério do POR QUE um paciente está tendo determinado sintoma, continuando a usar o exemplo da ansiedade.
Sugere ele responder algumas questões:
·
O que faz você se
sentir ansioso?
·
Onde vc se sente
ansioso?
·
Quando vc se
sente ansioso?
·
Quem o faz se sentir ansioso?
Se vc fica ansioso quando há muita gente em volta, vc não se sente à vontade em festas, nem jantares, e tem vontade de se enfiar num buraco perto de pessoas que riem ou falam alto, então vc tem um padrão óbvio de ansiedade com pessoas extrovertidas.
Vamos experimentar com coisas menos óbvias. Digamos que vc não consegue parar de roer suas unhas. Vc não gosta de roe-las, mas sente-se compelido a fazê-lo.
Abaixo vc verá como responder às questões pode revelar o padrão:
·
O que faz você sentir vontade de roer as unhas? Quando estou entediado, com fome, ou se achar que as unhas estão irregulares
e é uma forma de lixa-las.
·
Onde você sente vontade de roer
as unhas? Em qualquer lugar. O local não importa. Eu
prefiro fazê-lo onde ninguém
possa ver, mas acabo fazendo isso
na frente das pessoas.
·
Quando você sente vontade de roer as unhas? No início da manhã e durante a noite.
·
Quem faz
você sentir vontade de roer as unhas? Ninguém.
Na resposta à primeira questão, o sujeito está mordendo as unhas por três razões distintas.
Quando as coisas não parecem semelhantes, há que se descobrir por que é que elas são, por exemplo, será que a fome está pareada com a outras duas circunstancias? ou será o tédio que tende a desencadear o comportamento obsesivo-compulsivo?
Neste caso, sabemos que o problema de roer as unhas não está relacionado `a ansiedade nem a nenhuma pessoa epecífica.
O que pode ser, é o tempo. Essa pessoa morde as unhas mais pela manhã e à noitinha, que é quando geralmente estamos mais esfomeados. Isso sugere um caminho a ser explorado:
Será a dieta dessa criatura está criando maus habitos e comportamentos indesejados?
Não podemos saber com toda a certeza, mas,o responder a essas questões nos dá um ponto de partida e uma solução a ser tentada: substituir o roer unhas por comida ou mascar chiclete, para ver se o efeito é o mesmo.
Esses são apenas alguns exemplos de como, o encontrar padrões pode ajudar a encontrar maneiras de resolver problemas.
Básicamente, o processo pode ser condensado nos seguintes passos:
1. Interrogue-se como se fosse um jornalista. Pergunte quem, o quê, onde, quando e por que de seu problema.
2.Use a referência cruzada em suas respostas e procure pelas semelhanças. Se você está tendo dificuldades para vê-las, comece a comparar respostas aparentemente diferentes e se pergunte como elas se relacionam .
3. Quando encontrar relações e padrões em suas respostas, considere maneiras de substituir o comportamento indesejado por um melhor ou treinar-se para se sentir mais à vontade com coisas com as quais se sente pouco confortável ( Lembre-se que Mark Elliot Zuckerberg, o menino que inventou o FaceBook, a maior rede social do planeta, só o fez movido por sua intensa incapacidade de relacionamentos. Este último pedaço de informação é só pra manter viva a piada: a mãe do moço é psiquiatra, e o pai é dentista).
4- Seja paciente. Descobrir o problema é muito mais fácil do que implementar uma solução. Mudança de comportamento leva tempo e perseverança. Descobrir o problema e decidir corrigi-lo são passos importantes, mas são úteis apenas se postos para funcionar.
É bom levar em consideração que sempre estamos menos inclinados a apontar um problema, quando o problema somos nós mesmos.
Todos nós detestamos estar errados ou termos feito escolhas bestas, embora todos nós façamos isso de quando em vez,( ou de quando em sempre, quando aí vira padrão).
Se você não consegue encontrar um padrão no seu comportamento, amigos podem ajudar, ao olhar para a situação sem o seu preconceito pessoal.
Agora, se o assunto for muito sério, não há nada errado em buscar ajuda profissional.
burningourmoney.blogspot.com |
O lado ruim de nossa habilidade de reconhecer padrões é que, muitas vezes, podemos ver padrões até onde eles absolutamente não existem, e isso se encontra na raiz das fobias, teorias conspiratórias, culpas imerecida, e muitos outros problemas serios.
Pelo fato de nossos cérebros serem peritos em apontar semelhanças, e porque é emocionante sentir como se tivéssemos, de repente, resolvido um enorme quebra-cabeça, muitas vezes nos enganamos, e passamos a perceber padrões onde não há nenhum.
Além disso, temos a tendência de dar significado a esses padrões como se fossem tão claros quanto os padrões comuns de linguagem.
Muitas vezes vemos estes padrões como uma espécie de intervenção divina, o que, absolutamente, eles não são, podendo ser tanto aleatórios quanto perfeitamente lógicos, e vc estará se metendo em encrencas se acreditar no contrário.
Por exemplo, quando encontro outra pessoa chamada Adão, normalmente acho legal termos o mesmo nome. Se somos da mesma idade, não é mais apenas legal, mas algum tipo de coincidência incrível. Se temos um interesse em comum, as forças da natureza entraram em conluio para que nos conhecessemos .
Óbviamente, era destino.
Só que entre 1983 e 1984, Adão foi o mais popular dos nomes dados a meninos nos EUA, mais do que em qualquer outro tempo. Basicamente, se você tiver 27 anos de idade no momento da redação deste texto e seu nome é Adão, você não é tão único.
O problema é que, quando começamos a ver padrões que gostamo, fica muito fácil acreditar que algo incrível está acontecendo.
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Assim como não há mágica para os falsos padrões que percebemos todo o tempo, também não há uma única e simples solução para prevenir nosso cérebro de causar este problema.
Nós sempre queremos ver os pequenos milagres da vida, mesmo que eles não estejam lá.
Momentariamente, isso nos faz felizes.
A longo prazo, no entanto, pode causar problemas sérios, sendo por isso importante manter um olhar crítico, quando a euforia da circunstância tende a ultrapassar o bom senso.
Tudo o que se precisa fazer é pesquisar as circunstâncias para descobrir se estamos ignorando diferenças ou se já se começou a detectar um padrão real.
Padrões interessantes existem, mas se forem reconhecidos incorretamente, vamos falhar no reconhecimento de um padrão real quando este aparecer.
Por estas razões, é importante reconhecer os padrões acuradamente e usá-los para nosso benefício de constante mudança para melhor, invés de nos apegarmos a eles principalmente quando eles apontam para o que queremos ver
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