NÓS, MULHERES, PRECISAMOS DA CORAGEM DE DESISTIR
É tão bonito que traduzi ao pé da letra como uma homenagem a essas mulheres maravilhosas que poderiam ter sido minhas filhas. Como foi tão mais fácil para nós, baby boomers. A gente sabia, clara e gloriosamente que estavamos nos rebelando. Que estavamos fazendo coisas e tendo idéias que nossas mães não ousaram, mas víamos claramente, no sorriso de orelha a orelha, de tais mães e avós, o orgulho de termos alcançado um degrau que elas sonharam. Lembro do prazer de minha vó Adriana a desenhar e costurar mini vestidos que causavam ataques cardíacos no meu pai, minha mãe fazendo de conta que não sabia como aquilo tinha parado em mim, e logo atrás o trio terrivel (nonna Adriana, nonna Linda, e Eti), declarando em uníssono que elas tinham feito. Isso fora meu avô a me alimentar com sólida dieta dos clássicos, para horror de minha mãe ao me descobrir lendo “Tom Jones” aos 13 anos e ser informada que tinha sido o pai dela a me dar. Primeira e única vez que a vi brigando com o pai, e desco...