QUAL É A MELHOR MANEIRA DE LIDAR COM DEPENDÊNCIAS?

Quero começar esse blog falando sobre algo no qual trabalhei a maior parte de minha vida adulta:

                        As assim chamadas dependências. 

É uma área na qual todo mundo coloca o bedelho, a maioria sem ter ideia do que está falando. 

E quanto menos ideia têm, mais certezas possuem.

O projeto então é falar sobre o assunto durante todo o mês de Outubro, e se precisar, um pouco mais em Novembro, sendo o primeiro capítulo um resumo da relação das drogas com a humanidade e sua evolução.

                   Assim, comecemos com a definição de Dependência : 

Conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos que se desenvolvem após repetido consumo de uma substância psicoativa, tipicamente associado ao desejo poderoso de tomar a droga, à dificuldade de controlar o consumo, à utilização persistente apesar das suas conseqüências nefastas, a uma maior prioridade dada ao uso da droga em detrimento de outras atividades e obrigações, a um aumento da tolerância pela droga e por vezes, a um estado de abstinência física."

Fica claro que é um fenômeno obsessivo, quanto à forma de pensamento, e compulsivo, no que se refere a comportamento. 

O experimentar uma droga, não define dependência.

Mas, o que é exatamente "uma droga"? Aí está o problema, pois começa com o gosto do freguês. 
Há os que acharão este artigo uma perfeita droga, por exemplo.

Por definição, droga é qualquer substância não produzida pelo organismo e que tem a propriedade de atuar sobre um ou mais de seus sistemas, produzindo alterações em seu funcionamento. (definição da OMS). 

Seguindo a mesma definição, há 4 coisas e apenas 4 que não são consideradas e são elas: água, ar, comida e sexo, as 3 primeiras sendo necessárias para nossa sobrevivência, a última para a sobrevivência da espécie.

Interessante é que, nós humanos, como seres criativos que somos, conseguimos transformar em drogas inclusive o que não o é por definição.

Envenenamos nossa água e o ar que respiramos (e quem já passou por São Paulo tipo Agosto, seco e frio, deve ter percebido que dá para enxergar o que se respira), obesidade e suas consequências são realidades diárias, e até sexo avacalhamos, com o aumento insano das DSTs.

Então, droga,  que deveria ser apenas uma substância, acaba sendo muito mais o uso que fazemos dela.

O uso de drogas  vem junto com a história da humanidade.

 Desde priscas eras, há histórias de uso. em geral relacionadas a rituais religiosos.

 Na Grécia e Roma antigas, só o álcool era relacionado com abuso e embora já conhecessem o ópio, este só era usado como remédio e com grandes precauções.

Na mesma época, a maconha era muito usada na Ásia Menor.

Os opiáceos foram introduzidos na China e na Índia pelos árabes, e lá pelo ano 1000, seu uso é comum (na China, praticamente só como medicação, enquanto na Índia, é cultivado, comido e bebido, por todas as classes sociais).

 É usado pelos  governantes como uma indulgência, e é oferecido aos soldados para aumentar sua coragem.

Como já foi dito que não há nada de novo debaixo do sol, vou só relembrar a metanfetamina e anfetaminas em geral usadas pelos alemães na primeira guerra mundial, e todas as drogas até então conhecidas nos soldados americanos durante a guerra do Vietnam.

Lá pelo séc XVI, aparece na Europa a técnica da destilação, possibilitando a produção de bebidas álcoolicas mais potentes. 

Mesmo assim, essas bebidas são feitas primariamente a partir do vinho, são extremamente caras e só são usadas pela classe alta, e só como remédio. 

Como são acreditadas com extraordinários poderes de cura, seu nome comum é  aqua vitae (água da vida)

O mastigar das folhas da coca é uma atividade central para os sistemas sociais e religiosos do Império Inca (1200-1553)e seu uso é controlado por sanções.

 Como as folhas são usadas por causa de seus efeitos energizantes e euforizantes, a planta da coca é vista como um presente  divino do deus Sol.

No séc. XV, desenvolve-se a técnica da torrefação do café, que até ali era também usado só com propósitos medicinais, barateando o custo e tornando seu uso bem mais agradável do que mastigar os grãos.

Seu uso torna-se comum em toda a Arábia, possivelmente também pelo fato que o Corão proíbe o uso de álcool para os muçulmanos. 

A coisa complica quando religiosos muçulmanos começam a disseminar a ideia que o café também é contrário às leis do Alcorão.


                                       Uso de Drogas em geral a partir do séc. XV         

O uso de drogas psicoativas começa a se espalhar e diversificar, pois viajantes e exploradores europeus trouxeram de volta à Europa uma grande quantidade de drogas: tabaco, coca, cacau e cassina, do Novo Mundo, café da Arábia e Turquia, as nozes da Kola da África e o chá da China. 
Cacau

Nozes de Kola

Flores de tabaco

Ao mesmo tempo,enormes mudanças socioculturais fazem com que os europeus se tornem mais receptivos à adopção de formas inovadoras no uso de drogas. os controles sociais e religiosos são afrouxados a sociedade se torna mais urbana, complexa, secular e livre.

O problema do uso imoderado de álcool aumenta, na mesma medida em que aumenta seu consumo, não mais como medicação mas como recreação. Líderes religiosos da Reforma, como Lutero e Calvino enfatizam a necessidade de temperança. 

Pela primeira vez é escrito um livro sobre o assunto.

Pela primeira vez os europeus observam o tabaco sendo fumado, quando Colombo desembarca no Novo Mundo.

Em 1517, em Meca, há uma semana que foi chamada "reino do terror" pois as "casas de café"foram escolhidas como centros de pecado e sedição pelas autoridades políticas e religiosas ( e durante toda a história da humanidade, alguma autoridade político/religiosa de plantão sempre escolheu alguma coisa/atividade ou grupo, para ser o bode expiatório da hora, basta lembrar história recente quando Galtieri e a junta na Argentina, para encobrir o desastre económico, acharam de retomar as Falkland, pronunciando que "Las Malvinas son Argentinas", entrando em guerra com o Reino Unido. Também em toda a América Latina, durante as ditaduras, os bodes expiatórios eram os assim chamados "comunistas", gente tão ruim que comia criancinha, e por ai vamos)

Mesmo assim, não conseguiram erradicar o uso.

Em 1553, Pizarro invade e detrói o Império Inca.

 Pela primeira vez a coca é usada como instrumento de controle pelos espanhóis nos Índios andinos, para seu trabalho nas minas de prata.

Na Índia, o ópio se torna a maior fonte de receita para o governo.

Em 1556, André Thevet leva à França o tabaco do Brasil. e é chamado de nicotiana em homenagem a Jean Nicot que descreveu suas propriedades medicinais.

 Sementes do mesmo são introduzidas na Inglaterra, mas o fumar não se espalhou até quase o fim do séc.XV, quando Sir Walter Raleigh torna o fumar um ato elegante (fashionable no original- digo e repito que não há nada de novo debaixo do sol) 

Em 1571, Nicolas Monardes descreve e recomenda o tabaco como remédio infalível para 36 diferentes problemas, chamando-o de herba panacea ou erva santa.

No séc XVII, a América começa a fazer leis para controlar o alcoolismo, que ainda não tinha esse nome.

Na China, o Imperador decreta que qualquer pessoa que trafique tabaco, será decapitada

Na Itália. dois Papas ameaçam padres de excomunhão se fumarem.

Na Rússia, O Tzar Miguel Romanoff e o clero russo, atacam o fumar como sendo um pecado, uma abominação e a maior causa de incêndios. 

A planta é chamada de "planta do demónio".

Embora seja proibido fumar sob pena de exílio e tortura, pressões financeiras causam a queda da proibição.

Na Turquia o sultão Murad IV, adopta a pena de morte para fumantes no Império Otomano. Pouco tempo depois, a lei é mudada e o cultivo do tabaco espalha-se como fogo de morro acima.

Cerca 1650, inventaram o gim na Holanda, e como é barato. foi levado para a Inglaterra pelos soldados ingleses que estavam guerreando nos países baixos.

Veneza estabelece o primeiro monopólio estatal sobre o tabaco.

No início de 1700, em Massachussets, é criada a primeira agência de contôle de bebidas alcoólicas e Cotton Mather culpa a falta de religião pelos excessos libatórios (como se vê. a coisa vêm de longe, e continua a mesma).

Na Inglaterra a produção de gim aumenta dramaticamente, assim como seu uso, em todas as classes sociais.

Na França, Luiz XIV acha uma forma de pagar por suas guerras: decreta o primeiro monopólio sobre o café, coisa que, como quase todas as outras ideias do sujeito, falhou miseravelmente devido aos preços extremamente altos.

Na  Inglaterra, Thomas Sydenham escreve: "Dentre os remédios que Deus se dignou a dar aos homens para alivio de seus sofrimentos, nenhum é tão universal e tão eficaz quanto o ópio", e o "cidadão honesto e bêbado"vira o arquétipo do inglês.

 O Pó de Dovers é comercializado e se torna a preparação de ópio mais usada nos próximos 150 anos.
Em 1803 .a morfina é sintetizada a partir do ópio.

Na Inglaterra, o livro "Confissões de um usuário de ópio inglês"de De Quincey's, em 1822, pela primeira vez foca a atenção na dependência de ópio.

Os ingleses são o poder dominante na Índia e são contra a Resolução de Bengal para restrição do uso do ópio.

Lá pela metade do séc. XIX, os primeiros movimentos para temperança aparecem na Finlândia e Suécia, enquanto naturalmente nos EUA é fundada a Sociedade para promoção da Temperança em 1826.

Na Inglaterra o uso do ópio é endémico, assim como na China, e é ai que a porca torce o rabo pois a Inglaterra começa a ter competidores no mercado do ópio, e então tenta aumentar a exportação para a China.

Os Chineses  reforçam com vigor a politica de anti- ópio, ordenando execução sumária de fumantes e traficantes.

E ai acontece a primeira das assim chamadas "guerras das drogas"entre Inglaterra e China
(1939-1942). China perde, as restrições ao comércio são removidas e o comércio duplica .
Guerra do Opio

Em 1859 é isolado o alcalóide da coca, chamado de cocaína e o Dr. Pablo Mantegazzo publica um artigo louvando as habilidades da coca para diminuir fadiga, estimular força, elevar o espírito e aumentar a potência sexual. Aparece o Vinho  Mariani, que era uma mistura de vinho e cocaína, e o Papa Leo XIII premia o inventor do vinho com uma medalha de ouro e o chama de "benfeitor da humanidade".

Cerca de 1840, são descobertas as qualidades anestéticas do éter, e seu uso como inalante ou bebido misturado com água, é comum entre jovens das classes altas, tanto na Europa quanto nos EUA.
Em meados do séc. XIX, é introduzida a morfina e a agulha hipodérmica é desenvolvida, possibilitando a injecção de drogas directamente no corpo.

 Acontece a segunda guerra Anglo-Chinesa (1856-1860), Inglaterra ganha de novo e é assinado o tratado de Yientsin, legalizando o ópio.

Imigrantes chineses trazem para os EUA o habito de fumar ópio.

Entre final de séc.XIX e início de séc XX, ocorrem os seguintes fatos:

-Cigarros são trazidos da Europa para os EUA.

- Na Finlândia e Suécia, são regularizadas bebidas que tenham teor alcoólico superior a 22% (Sistema de Gothemburg)

-Nos EUA cresce o movimento proibicionista, liderado pelos brancos protestantes que se sentiram ameaçados pelas mudanças trazidas pela industrialização, urbanização e imigração, tentando impor seus valores de diligência, frugalidade, sobriedade, e religiosidade. ( agora eles se chamam Tea Party, como diriam os romanos, mutatis mutandi).

-A heroína é sintetizada em 1874 e é recomendada como mais eficaz e menos perigosa que a morfina.
-O relatório da Comissão das Drogas do Cânhamo define que "o uso moderado da maconha não resulta em qualquer problema". 

-Na sequência, Freud descreve e elogia os efeitos da cocaína como "droga mágica, Carl Koller demonstra seu uso na prática médica como anestésico em cirurgias oculares, e a cocaína é denunciada como sendo o terceiro flagelo da humanidade, por ser uma droga mais aditiva que a morfina (o que não é correto).

-Nos EUA, a cocaína é usada para tratar de quase todos os problemas médicos e faz parte de várias bebidas tônicas e estimulantes, como a Coca-Cola.

- Entre a guerra Civil e a primeira guerra mundial, o uso de opiáceos nos EUA parece generalizado e incontrolável. Há dois padrões de uso: Em um deles, o usuário típico é branco. classe média. meia idade e a maioria é de mulheres. Com esse padrão ninguém, está muito preocupado. O segundo é o fumar ópio.feito pelos Chineses, o qual é altamente estigmatizado, ligado à criminalidade e que leva ao aparecimento da primeira lei anti-morfina.

                                      No  séc XX  ocorrem os seguintes fatos:

-Nos EUA, a indústria do cigarro se torna um cartel e inicia maciça campanha publicitaria.

Em 1919 inicia-se o Proibicionismo para o álcool.

Aparecem os primeiros usuários de maconha, que são trabalhadores mexicanos.

A importação de coca aumenta dramaticamente . 

Em 1903 a Coca-Cola remove a cocaína de sua mistura.

Em 1906, cocaína e ópio são eliminados de todos os medicamentos e bebidas.

O uso de coca e ópio aumenta entre negros e pobres, e seu uso começa a ser associado a crime, seu uso se torna clandestino, sendo usados por boêmios, músicos e em guetos urbanos.

- Em 1906 os ingleses decidem acabar com o comércio de ópio com a China, o que só vem a acontecer em 1917.

-Lá por 1925, o comércio ilegal de álcool é prática comum nos EUA, e como não funcionou mesmo, o Proibicionismo acaba em 1933.

- A segunda guerra mundial espalha o uso das anfetaminas, que embora tenham sido sintetizadas pela primeira vez em 1887, só eram usadas como medicamento para elevar a pressão arterial e alargar as passagens aéreas nasais e de brônquios, passaram a ser largamente usadas para aumentar a eficiência quer dos que trabalhavam na indústria de armamentos, quer dos soldados.Depois da segunda guerra, são facilmente encontradas em qualquer lugar, funcionando para qualquer problema, desde euforizantes( em caso de depressão e fadiga) até perda de peso.
200.000.000 de anfetaminas foram dadas aos soldados do II Reich

-Na Suécia, nos anos 50, o uso oral e intravenoso de anfetaminas torna-se endémico

-Nos anos 60 e 70, o uso de drogas espalha-se, novas drogas entram no mercado, e inicia-se não só o grande mercado da droga mas também o grande mercado de tratamento de drogados, e é desse segundo que quero falar na  próxima semana.


Quero terminar este artigo, com a pergunta que o inicia, feita por Stanton Peele (psicólogo, advogado e , em minha opinião, e na opinião de um monte de gente, o "Papa"das dependências nos últimos 30 anos.)


"Muito  se tem falado  a respeito do estilo russo de lidar com dependentes químicos, cujo numero vem aumentando em progressão geométrica, devido a inundação de drogas vindas do Afeganistão: eles simplesmente os algemam  à cama,  até que passe a vontade de usar.

As objecções a esta abordagem são óbvias: 

A maioria dos especialistas condena, porque é uma abordagem primitiva, brutal e ineficiente, pois dependências são um desafio muito mais complexo e intrátavel do que simplesmente esperar que o momento do "craving"(ânsia pela droga), passe.

 Como isto também é momentâneo, isto é, craving vem, passam e voltam, não pode ser considerado como cura.

Diederik Lohman, pesquisador do grupo Human Rights Watch, diz que este tipo de  tratamento não tem qualquer base em evidência.

Então, por que as autoridades russas insistem que essa abordagem é extremamente eficaz?

Apesar das aparentes diferenças entre a abordagem russa e a americana- os americanos acreditam que  as dependências são doenças e não mau hábitos ou erróneos estilos de vida a serem extirpados- na realidade há algumas semelhanças entre as duas abordagens:

1- Ambas buscam soluções simplistas, as quais não captam a enormidade dos desafios a serem enfrentados por dependentes, os quais, em sua maioria, não têm qualquer qualificação profissional, não têm conexões sociais com o  mundo dos não-viciados, e não conseguem ver um caminho a seguir para re-estruturar suas vidas longe de seus vícios.

2- Nem os russos nem nossas mais populares formas de tratamento - sendo a russa a que acabamos de mencionar, ou os 12 passos, que dominam os tratamentos americanos - demonstraram qualquer sucesso clínico. E como poderiam? Se tivessem tanto sucesso quanto seus defensores (em ambos os países) clamam, as dependências teriam seguido o mesmo caminho que a tuberculose, ao invés de continuar sendo o problema intratável para ambos, russos e americanos no mesmo barco.

3- O método dominante em  cada nação, relaciona-se basicamente com suas culturas: a russa, com mão pesada na repressão do comportamento das pessoas, e a nossa, com a ideia de redenção espiritual.

4- O problema russo é a heroína, analgésico  facilmente disponível, devido a inundação do mesmo proveniente  de sua fronteira com um país vizinho e empobrecido. Aqui nos EUA nosso problemão, em contínuo crescimento, são os analgésicos criados em indústrias farmacêuticas e amplamente distribuídos aqui mesmo, em casa.

5. Nós ambos, reagimos com o mesmo "não acredito nisso" quando nossa crença inabalável na infalibilidade do nosso método é disputada pela evidência epidemiológica do contrário, isto é, demonstrando que paciente que receberam tratamento e os que não receberam, tem exatamente os mesmos resultados. Tá esperando o que? que o  Dr. Drew, depois de mais uma falha na reabilitação de uma celebridade, diga: "Nós realmente não temos  ideia como montar esse quebra-cabeça."

Para fechar o círculo, é mais ou menos como  os líderes em cada país, que se  mantiveram convencidos de que,  seus métodos únicos e superiores de conduzir a guerra no Afeganistão,  significava que  iriam sair vitoriosos, apesar  de todas as evidências demonstrarem o contrário."

Basicamente, é o seguinte: há uma briga de crenças definindo tratamento de dependências, ao invés de observação de fatos e evidências, como deveria funcionar a medicina. 

Há tratamentos para as diversas dependências, tipo para cocaína, para crack (que é só um sub-produto da cocaína), enfim um tratamento "diferenciado"para cada substância, o que é um desperdício de recursos, desde que o problema não é a substância, mas sim o comportamento e a forma de pensamento do dependente.

Se alguém teve a sorte de ter a experiência de ter viajado cá e lá e trabalhado com dependentes, percebe que a história que escuta em Mineral Wells, Texas, de dependentes de metanfetaminas e a mesma que escutou em Paranacito, na Argentina, com dependentes de heroína;  Sao Paulo, Brasil com dependentes de cocaína em classes altas ou o velho crack no extremo oposto; Viareggio, Italia, com dependentes de morfina.

A única diferença? O inglês horrível dos texanos, o espanhol rápidissimo dos portenhos, o português que acho lindo de Sampa, e o italiano malemolente dos Romanos.

De resto, como dizia nonno: "Tutto il mondo é paese".

                                                                                     Patrizia


Bibliografia

A Brief History of Drugs: From the Stone Age to the Stoned Age: Antonio Escohotado, Ken Symington,1999, Inner Tradition International, Rochester, VA           
            
Perspectives on the History of Psychoactive Substance Use : Gregory A. Austin's; 1979 Superintendent of Documents, U.S. Government Printing Office, Washington, D.C. 20402 (Stock Number 017-024-00879-6

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